O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniram nesta segunda-feira, 15, em almoço no Palácio do Planalto.

O encontro não constava na agenda oficial das autoridades e é realizado em meio às negociações para possível saída de Pazuello da pasta.

Minutos antes, Bolsonaro recebeu no gabinete, a médica Ludhmila Hajjar, que recusou o convite para assumir o ministério. A principal motivação da médica para recusar o cargo, segundo ela, foi a “defesa da ciência”.

Oficialmente, o ministro negou que tenha colocado o cargo à disposição por motivos de saúde, no entanto o presidente já busca substitutos e tenta uma saída honrosa para o general.

“Não estou doente, o presidente não pediu o meu cargo, mas o entregarei assim que o presidente pedir. Sigo como ministro da Saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas”, afirmou Pazuello, por meio de sua assessoria de imprensa.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, chegou ao Palácio do Planalto por volta do meio-dia. Ele disse que teria uma almoço, mas não confirmou se seria com o presidente. Perguntado se aceitaria eventual convite para assumir a pasta da Saúde, evitou responder.

Com a recusa da médica, outros dois nomes aparecem bem cotados para substituir Pazuello: o cardiologista Marcelo Queiroga e o deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), o Dr. Luizinho. O parlamentar preside a comissão especial do Congresso que acompanha as medidas de enfrentamento à Covid-19.

Marcelo Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

No campo político, o deputado federal Dr. Luizinho é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Além da comissão especial da Covid-19, em 2021 ele passou a presidir a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara. O deputado é médico e deputado federal em primeiro mandato. Ele foi secretário estadual da Saúde do Rio de Janeiro entre 2016 e 2018. (A Tarde)