Citando falta de recursos, o comandante do Exército, general Edson Pujol, autorizou que o expediente na Força seja cortado às segundas-feiras do mês de setembro, para contribuir com a economia de despesas.

Em um e-mail obtido pela Folha de S. Paulo, enviado na quarta-feira (28) ao Alto Comando do Exército, Pujol diz que os comandantes, chefes e diretores da Força poderão “suprimir” a seu critério o dia de trabalho em suas respectivas áreas nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de setembro.

“O contingenciamento ora imposto impacta, de forma significativa, a capacidade de custeio do Exército, exigindo medidas severas para que seja possível honrar os contratos com concessionários e outras despesas inerentes à vida vegetativa da Força”, diz o chefe militar.

No mesmo comunicado, Pujol alega que o quadro orçamentário do Comando do Exército neste ano sofreu um contingenciamento de 28% do previsto no Orçamento para as despesas discricionárias. Ele ainda argumenta que o orçamento do Exército autorizado para 2019 é pouco mais da metade (54%) da dotação recebida em 2015.

A ordem que permite o corte no expediente foi disparada por Pujol às vésperas do envio, pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), da proposta orçamentária para o ano que vem. O primeiro projeto de Orçamento de Bolsonaro deve ser encaminhado hoje (30) ao Congresso Nacional. (Metro1)