Prefeitura de Salvador encerra contrato com médico do Samu investigado por violência física e psicológica contra mulheres

Foto: Reprodução

A Prefeitura de Salvador encerrou o contrato com a empresa representada pelo médico peruano Luís Gonzalo Velarde Acosta, investigado por agressões físicas e psicológicas contra sete ex-namoradas e uma colega de trabalho. O profissional atuava no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) desde 2018.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) na última quarta-feira (26) e passou a valer desde o dia 21 de março. O desligamento foi resultado de um processo administrativo movido contra o suspeito, embora o teor do processo não tenha sido divulgado.

Durante as investigações, o médico ficou afastado das funções por três meses. Nesse período, ele também foi mantido distante das possíveis vítimas.

Em nota, a defesa de Luís Gonzalo afirmou que a empresa MED Internacional Serviços Médicos Ltda., representada pelo médico, atua há nove anos no Samu, com uma “reputação íntegra e sem histórico de condutas inidôneas”.

O texto também ressaltou que não há, até o momento, qualquer processo penal em andamento contra o profissional, alegando falta de indícios que comprovem as acusações.

Além disso, a defesa sugeriu que a rescisão contratual pode ter sido motivada por questões políticas e até mesmo xenofóbicas. “Destacamos que é fundamental respeitar os princípios constitucionais, incluindo a presunção de inocência”, diz um trecho da nota.

Por fim, a empresa e o médico reiteraram o compromisso com os direitos das mulheres e com o cumprimento de decisões judiciais e administrativas.

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