A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) já está com o processo de privatização em andamento. Um Projeto de Lei, que precisa ser aprovado pelo Congresso, está em fase de elaboração.
A confirmação foi feita pelo presidente da estatal, general Floriano Peixoto, em entrevista à coluna de Carla Araújo no UOL. Segundo ele, cinco empresas estão interessadas no certame.
“A capilaridade da estatal é seu maior ativo. Estar presente em todo o território nacional é uma vantagem de poucas instituições. Isso se torna mais relevante quando consideramos as medidas de racionalização da carteira imobiliária que foram tomadas recentemente, o que certamente reduzirá as despesas com manutenção que perduravam até pouco tempo”, declarou.
A previsão é que a consultoria contratada deverá entregar a primeira parte dos estudos de viabilidade econômico-financeira da estatal ainda em novembro. Nesse cronograma está incluso o projeto de lei a ser apreciado pelos parlamentares.
O general afirmou ainda que essa expertise na área de logística acumulada ao longo de anos torna os Correios principal parceiro do e-commerce nacional, com uma numerosa carteira de clientes. No entanto, a privatização é necessária para modernizar a empresa e torná-la eficiente.
O calendário de privatização dos Correios corre em paralelo à greve dos funcionários da estatal, que reclamam de suposto processo de militarização da empresa, dos altos salários de executivos e da extinção de benefícios. No próximo dia 21, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deve julgar o dissídio dos trabalhadores.
O general presidente dos Correios afirmou ser “inviável” manter as atuais despesas com pessoal, devido ao que chamou de “transformação do mercado e dos hábitos de consumo da sociedade”. Se os benefícios forem mantidos, segundo ele, os Correios correm o risco de virar uma estatal dependente do Tesouro Nacional. (bahia.ba)