Profissional de saúde detectada com covid-19 em S. A. de Jesus diz: “a secretaria me liga todos os dias”

No programa Meio Dia e Meia, na Live do Voz da Bahia, Jamile França, moradora de Santo Antônio de Jesus e profissional da área de saúde da Santa Casa de Misericórdia do Luiz Argolo, contou sobre sua experiência e como tem se cuidado após a sua contaminação do covid-19.

Jamile esclarece que está há 15 dias em isolamento mesmo com a recomendação de apenas 14 dias, “eu ainda tenho sintomas. Estou com obstrução nasal, estou espirrando algumas vezes e também sem sentir nenhum cheiro e nenhum sabor das coisas, não sinto nada há 5 dias, me esforço, mas não consigo sentir”, explica.

Com relação aonde Jamile contraiu o coronavírus, a mesma relata que não tem conhecimento de onde possa ter pego, “eu trabalho na área de saúde e uso todos os meus equipamentos de proteção individual (EPI), além disso, não tenho ido à rua. Saio apenas para ir ao mercado e volto para casa, então eu não tenho noção nenhuma sobre qual foi a minha fonte de contaminação”, declara.

Sobre os sintomas iniciais, a profissional da área de saúde conta que no domingo (17/05) começou a sentir calafrio e febre durante a madrugada, foi então que procurou o HRSAJ (Hospital Regional) ao qual foi atendida medicada e teve o alerta da médica que a atendeu, “a médica me informou que como sou da área de saúde, o ideal seria eu fazer o teste do covid-19 e me isolar. Quando foi na terça-feira (19/05), fui até o Posto de Saúde onde foi notificada e caminhada para fazer o teste. Nesse período sentia dores de cabeça, muito calafrio e que não passava de forma alguma, além de fraqueza total e febre alta” explica.

Durante a entrevista, Jamile revela que além do teste da covid-19 também foi diagnosticada com dengue, “quando saiu o resultado e fiquei muito assustada parecia que o mundo estava desabando na minha cabeça, mas pensei num momento que precisaria ser forte. Mas graças a Deus o Dr. Antônio Carlos me ajudou muito, a Dr Jussara Argolo também, o meu quadro foi aliviando, usei um anita e usei também os Ivermectina, além da Loratadina que é antialérgico, além do Dipirona e Paracetamol que fiquei em uso o tempo inteiro porque tive 10 dias de febre, então isso me enfraqueceu muito”, relatou.

Se houve a proliferação da doença em sua família, Jamile ressaltou que o seu isolamento foi essencial para que isso não acontecesse já que a mesma mora com o marido e os filhos, “eu passei a ficar dentro do quarto da minha filha onde tem uma janela onde recebi e recebo as alimentações, água, ou seja, meu esposo me dá tudo pela janela, ele teve o maior cuidado em relação ao lixo e relação as minhas roupas e eu fiquei sem sair do quarto. E como tem dois banheiros na casa eu uso um. Desde quando voltei do hospital vim direto para o quarto da minha filha e onde eu mais acesso”, falou.

Sobre o amparo do município após a descoberta da doença, Jamile afirma que foi procurada pela equipe de saúde, “a secretaria me liga para saber como eu estou todos os dias e tenho recebido ajuda dos meus amigos que me deram um grande apoio. Eu acho que é o mais importante nesse momento, devido a nossa fragilidade, é a nossa insegurança, porque a doença traz insegurança e traz medo. Você dorme e não sabe como vai acordar, você não sabe se no outro dia você será mais forte do que o vírus. Então, se você não tiver pessoas fortes para lhe ajudar você se torna mais fraco, então eu sou muito grata pelos apoios que recebi”, declarou.

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Reportagem: Voz da Bahia

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