Quer viver mais? Adote um cachorro, diz estudo

Foto: Mulher com cachorro na praia -iStockphoto/Getty Images
Foto: Mulher com cachorro na praia -iStockphoto/Getty Images

Não é nenhuma novidade que ter um animal de estimação faz bem à saúde, incluindo redução do stress e dos sintomas da depressão, por exemplo. Agora, pesquisadores descobriram que ter um cachorro pode diminuir em 24% o risco de morte prematura por qualquer causa. Os benefícios podem ser ainda maiores para pacientes que já tiveram um ataque cardíaco (até 33%) e AVC (27%). Os achados foram publicados nesta terça-feira na revista Circulation.

“Sabemos que a solidão e o estilo de vida sedentário são importantes fatores de risco para morte prematura. Os cães são uma excelente motivação para seus donos saírem ao ar livre ao levá-los para passear”, explicou Tove Fall, da Universidade de Uppsala, na Suécia, ao NBC News

Além do estímulo à prática de caminhada — o que favorece a saúde geral —, os cientistas acreditam que outros fatores na presença do animal podem ser benéficos para seus donos, como a diminuição do stress. Isso porque estudos anteriores já haviam mostrados que a companhia de um cachorro pode reduzir os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do stress. “Quando a resposta ao stress é ativada com muita frequência, leva a muito desgaste no corpo em geral”, disse Neda Gould, da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, à NBC News.

O estudo

Para chegar a este resultado, os pesquisadores realizaram dois estudos separados para investigar os benefícios em indivíduos saudáveis e com histórico de problemas cardiovasculares (ataque cardíaco e AVC). A primeira pesquisa envolveu 181.696 pacientes cardíacos, dos quais 5,7% tinham cachorro, e 154.617 com histórico de AVC (4,8% tinham o pet). Os participantes, com idade entre 40 e 85 anos, foram acompanhados entre 2001 e 2012. 

A análise mostrou que sobreviventes de ataque cardíaco que moravam sozinho tinham 33% menos risco de morte quando tinham cachorro de estimação. O resultado foi menor para os pacientes que moravam com algum familiar: 15%. Para os pesquisadores a diferença no nível de proteção pode ser explicada pelo fato de que uma casa com mais moradores há “rodízio” para determinar quem leva o animal para passear e, portanto, menor prática de atividade física por um único indivíduo, por exemplo.

Já o segundo foi uma revisão de estudos que avaliou quase 4 milhões de pessoas que participaram de dez estudos ao longo de 10 anos. Nesse caso, foram analisados participantes sem histórico de doenças cardíacas e outros que sofrem com alguma doença do gênero. A investigação mostrou que a população geral estavam 24% menos propensa a morrer por qualquer causa em comparação com aqueles que não tinham animal de estimação. A proteção foi ainda maior para donos de cachorro com histórico de doenças cardiovasculares: 65% menos risco de morte.

Agora fica a pergunta: você já levou o seu cachorro para passear hoje? (Veja)

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