Refinaria de Mataripe reforça estoque com carga extra de GLP após redução de capacidade produtiva; entenda

Medida foi adotada após manutenção não-programada com prazo de nove dias para término.

Foto: Divulgação

A Refinaria de Mataripe, localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, anunciou a compra de uma carga extra de GLP para reforçar os estoques e suprir o fornecimento durante uma manutenção não-programada, que reduziu a sua capacidade produtiva.

Segundo informações da Acelen, empresa que administra a refinaria, a compra da carga extra é uma das medidas adotadas para reduzir a possibilidade de impacto no fornecimento dos produtos ao mercado.

A empresa informou que por causa do Centro de Manutenção Integrada (CMI), por meio de Inteligência Artificial (IA), “já está sendo possível responder a esta ocorrência de maneira ágil e assertiva”, porque permitiu diagnósticos mais precisos e seguros para atuação das equipes de manutenção, que preveem normalização da operação em nove dias.

Unidades com problemas operacionais

O Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Estado (Sindipetro) da Bahia afirma que recebeu denúncia de que algumas unidades da Refinaria de Mataripe estão paradas ou apresentam problemas operacionais que teriam sido provocados por fortes chuvas. Essa informação não foi confirmada pela Acelen.

Ainda segundo a denúncia do Sindipetro, na tentativa de retomar a operação das unidades, um compressor da Unidade-39 (U-39) apresentou problemas, que impossibilitou o retorno do craqueamento do petróleo (um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores).

O problema na U-39, de acordo com a denúncia, deixou o estoque de combustíveis em seu nível mínimo.

“Tanto que a Acelen teria chamado de volta um navio que acabara de ser carregado com GLP (gás de cozinha) para que devolvesse o produto. A preocupação é o impacto no abastecimento das distribuidoras, pois a previsão para a volta do craqueamento na U-39 seria de 10 dias, correndo risco de faltar os produtos no mercado baiano”, informou o sindicato em nota.

O sindicato informou ainda que alertou a Acelen sobre demissões feitas pela empresa nos últimos meses. Conforme a categoria, uma sobrecarga de trabalho recaiu sobre os funcionários que permanecem na refinaria e um clima de apreensão tomou conta da empresa, por causa de novas ameaças de que mais desligamentos sejam feitos.

Fonte: g1/Bahia

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