Rússia comemora 76 anos da vitória soviética sobre nazistas

Foto: Mikhail Metzel

Em seu discurso de celebração dos 76 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, neste domingo (9), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ressaltou que apoia o direito internacional, mas “sempre vai defender firmemente os interesses nacionais russos e garantir a segurança do povo” do país. O presidente denunciou a volta de discursos “racistas, de superioridade nacional, antissemitismo e russofobia”, como ele definiu.

O discurso aconteceu diante de uma plateia de oficiais, veteranos e 12 mil militares, reunidos na Praça Vermelha, em Moscou, e em meio a 190 blindados e sistemas de armamento, que desfilaram pelas ruas de Moscou na sequência. Sem especificar o alvo das críticas, ele afirmou que as idades nazistas “estão de volta”.
Este é o principal feriado do país, marcado por imponentes paradas militares na capital e nas principais cidades do país, em comemoração à vitória soviética sobre os nazistas, crucial para o fim do conflito, em 1945. As celebrações de 9 de maio representam um momento de comunhão patriótica em lembrança aos cerca de 20 milhões de soviéticos mortos durante a guerra.

“Para a minha família e eu, é uma festa para celebrar uma vitória do povo russo. Nós temos orgulho, nos lembramos e honramos nossos familiares e corajosos soldados”, disse em Vladivostok a contadora Ioulia Goulevskikh, que foi assistir ao desfile ao lado da filha.

Celebração reforça poder de Putin
Segundo uma pesquisa do instituto público Vtsiom, 69% consideram a data a mais importante da Rússia. O dia passou a ser festejado anualmente na Praça Vermelha apelas depois da queda da ex-União Soviética.

Nestes mais de 20 anos no poder, Putin transformou a celebração num momento simbólico de reforço do próprio poder, exaltando o sacrifício dos soviéticos e acusando regularmente os adversários ocidentais de promoverem “revisionismo” histórico, ao exaltarem o papel dos americanos e minimizarem a atuação dos soviéticos na queda de Adolf Hitler.

“O povo soviético respeitou o seu juramento sagrado, defendeu a pátria e a liberdade dos países da Europa da peste marrom”, declarou o presidente neste domingo, evocando o apelido dado aos nazistas, em referência à cor do uniforme dos alemães na época. (Fonte: G1)

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