O prefeito Bruno Reis (DEM) firmou uma data para o esgotamento dos recursos da prefeitura para continuar investindo nas áreas da saúde, transporte e assistência social. De acordo com ele, a partir do dia 30 de junho a prefeitura não terá mais dinheiro para continuar custeando as estruturas construídas para o combate ao coronavírus, a quantidade de ônibus rodando na cidade e os auxílios econômicos para a população. A declaração foi feita em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24).
“Eu não tenho condições de passar o mês de junho com os níveis de investimento na área do transporte, saúde e social. Conseguiremos manter até 30 de junho, depois não temos mais recursos. A receita da prefeitura, com toda a sua reserva, não dá pra honrar seus compromissos do ano de 2021”, afirmou o gestor.
Na última coletiva, Reis já havia comentado a impossibilidade de manter os cinco hospitais de campanha presentes na capital funcionando, com a quantidade de recursos disponíveis atualmente.
De acordo com o prefeito, o governo federal tem mandado recursos insuficientes, destoantes da necessidade atual da cidade. “Daqui pra 30 de junho, vamos fazer a interlocução com a Câmara e o governo federal para tentar manter o que está em curso, senão vamos ter que desmobilizar as estruturas. Praticamente tudo é custeado com o dinheiro da prefeitura, mas não teremos recursos para isso”, disse.
Sem ajuda do governo federal, o prefeito vê o avanço da vacinação como uma alternativa: com a redução de casos e internações, as estruturas criadas por conta da pandemia poderiam ser desativadas, o que resultaria em uma economia significativa do dinheiro da administração. “A prefeitura precisa de uma melhora na pandemia. Por isso, a gente aposta tudo na vacinação. Queremos pelo menos 15 mil vacinados por dia”, afirmou.
O prefeito também falou que, diante do aumento de casos nas últimas semanas, está disposto a recuar no plano de abertura econômica (atualmente na fase amarela, a segunda).
“Diante do risco da terceira onda, podemos, sim, desativar a fase amarela e voltar a restringir dias de funcionamento do comércio”, afirmou.
O gestor municipal também falou sobre a a crise da segunda dose e disse que, no dia 3 de junho, Salvador recebe novo carregamento da CoronaVac.
Atualmente, Salvador tem 19.159 pessoas com a segunda dose em atraso. A falta de doses surgiu após a Secretaria Municipal de Saúde seguir recomendação do Ministério da Saúde de aplicar todas as doses e não mais guardar uma quantidade para quem já tinha sido imunizado. O prazo entre uma dose e outra, da CoronaVac, é de 28 dias. (Fonte: Metro 1)