Nos últimos dias, a campanha “Salve o Ralph” chamou atenção nas redes sociais com o vídeo que apresenta o coelho Ralph e um pouco da sua rotina de trabalho. A ação faz parte de uma iniciativa global, promovida pela Sociedade Humana Internacional, para conscientizar e proibir os testes de cosméticos em animais.
O personagem Ralph é o porta-voz da campanha, que usa a animação para mostrar a crueldade dos testes em animais e a situação a que eles são submetidos nos laboratórios em todo o mundo. Embora essa prática seja proibida em mais de 30 países, incluindo o Brasil, há lugares como a China, onde os testes em animais são obrigatórios por Lei, para que as empresas possam obter o registro e certificação oficiais de segurança em determinadas categorias de produtos.
Fabricantes de cosméticos como a MAC, Kylie Cosmetics, Vichy e Lancôme Paris são apontadas como marcas que ainda testam em animais. No vídeo, dublado pelo ator Rodrigo Santoro na versão em português, Ralph é entrevistado por uma equipe de filmagem para um documentário e apresenta a rotina diária como “cobaia” em um laboratório. Logo no início, ele já mostra algumas sequelas dos testes a que é submetido: “Eu tô cego no olho direito e nessa orelha [direita] não consigo ouvir nada, a não ser zumbido. Meu pelo já foi raspado e tenho queimadura química nas costas”, diz o personagem.
Ralph aceita todos os procedimentos, mas faz um alerta discreto no final: “Só gostaria de dizer a todos que ainda estão comprando cosméticos testados em animais como rímel, shampoo, protetor solar, praticamente tudo que está no seu banheiro, sem vocês e sem países que permitem testes em animais, eu estaria nas ruas, bem, não nas ruas, mas nos campos… como um coelho normal”.
Segundo a HSI, o coelho é o animal que mais sofre com a indústria de cosméticos. Eles são amarrados pelo pescoço, tendo produtos cosméticos e seus ingredientes pingados nos olhos e na pele raspada das costas. Os porquinhos da Índia e ratos também são usados como cobaias, com produtos químicos espalhados nas peles raspadas e nas orelhas. Os animais não recebem alívio da dor e são mortos no final dos testes.
Desde que o vídeo saiu, uma lista com marcas populares e que ainda testam em animais foi divulgada, com isso começou um movimento para que esses produtos não sejam mais comprados até que essas marcas tomem uma providência quanto ao assunto. No Brasil, Estados como o Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo já têm leis que proíbem o uso de animais em determinadas indústrias. Para identificar se um produto não faz teste em animais, o indicado é sempre se atentar ao seu rótulo, em que deve conter um selo cruelty free.(Mercadizar)
Confira abaixo: