Segmento cacaueiro baiano consolida visibilidade nacional

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O segmento cacaueiro baiano ganha visibilidade nacional com a 11ª edição do Chocolat Bahia – Festival Internacional do Chocolate e Cacau, que acontece até domingo (21), em Ilhéus. O cacau da Bahia vai além das 123 mil toneladas produzidas por ano e lidera nacionalmente, também, no setor industrial. No Estado, os cinco empreendimentos do setor, incentivados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), já injetaram cerca de R$ 1,3 bilhão em investimentos e geram, juntos, 1,2 mil empregos diretos. O forte da industrialização do cacau é a região Sul, mas também tem presença marcante na capital e já exportou até loja artesanal para Paris, como destaca o vice-governador e secretário do Desenvolvimento Econômico, João Leão.

Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) revelam a diversidade da cadeia produtiva baiana, que vai do cacau em pó aos chocolates gourmet, com nibs de cacau. Os números positivos se refletem, também, no processamento das amêndoas de cacau. A indústria moageira produz 270 mil toneladas por ano.   

“A Bahia ocupa espaço importante no cultivo do fruto e no desenvolvimento econômico, especialmente no Sul e Extremo Sul. O cacau se reinventou depois da vassoura de bruxa e temos uma nova oportunidade de crescimento territorial, com grandes variedades e com potencialidade sustentável do cultivo. A industrialização vem como reforço e essa cadeia tem movimentado a economia baiana, gerado empregos e tornado o Estado referência mundial, seja no cacau ou no chocolate”, destaca João Leão.

Com vocação sustentável, AMMA Chocolate Orgânico, por exemplo, investiu R$ 3 milhões para implantação de uma unidade de fabricação de chocolate artesanal. As fazendas de cacau ficam no Sul, nas proximidades de Ilhéus, Itabuna e Itacaré, na capital baiana funciona a planta fabril e as lojas temáticas. A marca baiana exporta o chocolate para Paris e mantém uma loja modelo. “O cacau que a Bahia e pequenos produtores produzem, com todo o apoio do Governo do Estado, tem sido fundamental para o desenvolvimento, pois estamos vivendo a reestruturação dessa cadeia, de uma forma sólida, com mais valor e mais respeito a todos os integrantes”, destaca o fundador e diretor da AMMA, Diego Badaró.

Entre as fábricas que estão implantadas na Bahia, tem também a francesa Barry Callebaut, que possui duas filiais no Estado. Maior processadora de cacau do país e também produtora de chocolate, a empresa injetou investimentos de R$ 64 milhões em Ilhéus e de R$ 23,8 milhões em Itabuna. Ao todo, o volume de aporte chegou a R$ 87,8 milhões na ampliação industrial. O grupo gera 526 empregos diretos na região. (A Tarde)

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