Enganou-se quem pensou que a saída da família Bolsonaro do PSL diminuiria a influência do clã na legenda. O novo tesoureiro do partido no Rio de Janeiro é Léo Rodrigues, que é segundo suplente do ex-presidente do partido, senador Flávio Bolsonaro, atualmente engajado na luta para criar o Aliança pelo Brasil. Léo assumiu o cargo que já foi da ex-assessora de Flávio, Valdenice de Oliveira Meliga, irmã de dois policiais militares investigados por envolvimento com a milícia. O novo tesoureiro do PSL também é secretário de Ciência e Tecnologia do governo do Rio.
Na nova diretoria do PSL do Rio, apenas o novo presidente, o deputado federal Sargento Gurgel, não tem afinidade direta com Flávio Bolsonaro. Policial militar da reserva em primeiro mandato, Gurgel tem ótima relação com o governador do Rio Wilson Witzel (PSC). Em setembro, Flávio Bolsonaro havia anunciado o rompimento das relações do PSL com Witzel, em virtude das pretensões do governador fluminense de se lançar candidato à Presidência em 2022.
Dois deputados federais irão fazer parte da diretoria do PSL: Felício Laterça será o vice-presidente e Antônio da Luz Furtado o primeiro-secretário. O deputado estadual Alexandre Knoploch será o secretário-geral da legenda. Uma das missões dos novos comandantes do PSL será o estreitamento das relações com o governo do Rio. Diversos membros da antiga bancada do PSL partiram para o ataque contra Witzel após o acirramento das tensões entre ele e o presidente Jair Bolsonaro. Em retaliação, o governador mandou que policiais militares cedidos aos gabinetes dos parlamentares retornem aos seus postos originais de trabalho – gerando mais uma briga na direita fluminense.
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