
Dinheiro é sinônimo de felicidade amorosa? Esta é certamente uma das perguntas mais ouvidas por aí. Apesar de não haver uma resposta certa ou errada ou mesmo um consenso, uma pesquisa da Ipsos mostrou que mais de 80% dos assalariados de alta renda – em 30 países – dizem estar satisfeitos com o amor, enquanto 76% das pessoas com renda média e 69%, de renda baixa, alegam contentamento com esse aspecto de suas vidas.
O levantamento intitulado “Love Life Satisfaction” (“Satisfação com a vida amorosa”, em português), divulgado na última quarta-feira (12/2), ainda revelou resultados parecidos quando se trata da vida romântica/sexual. Cerca de 67% dos entrevistados com renda alta estão felizes com sua vida sexual, em comparação com apenas 51% dos assalariados de baixa renda.
O estudo, lançado todo ano em ocasião ao dia de São Valentim – Valentine’s Day, em inglês – reconhecido como o “dia do amor” e comemorado nesta sexta-feira (14/2), entrevistou 23.765 pessoas, sendo 1 mil no Brasil, entre 18 anos e 74 anos, no período de 20 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025.
A pesquisa também evidenciou que embora os brasileiros estejam se sentindo mais amados em comparação com o resultado de 2024, o Brasil é o país que está mais abaixo no Love Life Satisfaction Index entre os latino-americanos.
“75% dos brasileiros se dizem amados, um resultado sete pontos percentuais acima do que encontramos no ano passado. Ainda assim, o Brasil está em vigésimo colocado do ranking desses 30 países, portanto há muitas populações mais satisfeitas com o amor e relacionamentos que a nossa,” reforça Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil.
Outro latinos no topo
Enquanto a Colômbia figura em primeiro lugar mundial, acompanhada por países latino-americanos como México (3º lugar), Chile (6º lugar), Peru (8º lugar) e Argentina (10º lugar), o Brasil é um caso atípico na região. No índice que vai de 0 a 100, o país pontuou com 71. A líder Colômbia apresentou uma pontuação de 82.
Países do Sudeste Asiático, como Tailândia (2º lugar), Indonésia (4º lugar) e Malásia (5º lugar) também aparecem bem colocados no índice. Holanda (7º lugar) e Espanha (9º) são os únicos países europeus a entrar no top dez, enquanto grande parte da região está insatisfeita com suas vidas amorosas em comparação ao resto do mundo. Já o Japão (56 pontos), Coreia do Sul (59 pontos) e Índia (63 pontos) têm o menor nível de satisfação global.
Gerações parecidas
Muito se fala sobre diferenças entre faixas etárias e gerações, mas quando se trata de suas vidas amorosas, não há muita diferença entre elas. Enquanto quatro em cada cinco Baby Boomers estão satisfeitos com o amor em suas vidas, três em cada quatro entre as outras gerações estão felizes.
A pesquisa mostra que Millennials estão um pouco mais felizes com suas vidas românticas/sexuais, porém o sentimento é semelhante entre as outras faixas etárias.
Solteiros menos satisfeitos
De modo geral, a pesquisa “Love Life Satisfaction” mostra que os solteiros estão menos satisfeitos com sua vida sexual que os casados ou pessoas em relacionamento. No Brasil, 81% dos comprometidos demostram satisfação com o tema, enquanto apenas 50% dos solteiros declaram estar satisfeitos. Essa situação se repete em quase todos os países pesquisados. A Espanha, no entanto, se destaca como o país onde os solteiros estão mais satisfeitos (83%), apresentando um número de satisfação bem próximo ao das pessoas em relacionamento (85%).