Vendedora de acarajé rosa diz que foi proibida de usar termo: ‘tentando me prejudicar’

Ao bahia.ba a comerciante Adriana Ferreira revelou o novo nome do produto criado em homenagem ao filme Barbie

Foto: Arquivo Pessoal

O acarajé de cor diferente, até então, em homenagem ao filme Barbie que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (20), foi criticado por baianas, segundo elas, a pigmentação do produto não representa as tradições de venda do alimento.

Em entrevista ao bahia.ba, a comerciante Adriana Ferreira, de 45 anos, criadora da ideia, revelou que não pode mais usar o termo adotado antes, após representantes da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM), entrarem com um recurso na justiça que te impede de pronunciar o termo.

“Eu não posso mais citar o nome, elas (as baianas), entraram com recursos, com queixas, tentando me prejudicar de todas as formas”, contou.

A vendedora disse que fez o acarajé com tonalidade rosa em homenagem ao filme da boneca e explicou que o objetivo foi tornear a vendagem do produto que trabalha há dezesseis anos.

“O bolinho de feijão rosa eu fiz em homenagem ao engajamento que está sobre a ideia do filme da Barbie. É uma estratégia de muitas empresas para alavancar vendas, para que as pessoas conheçam o nosso trabalho e para chamar atenção mesmo. É algo saboroso, o bolinho de feijão da gente é uma delícia, e a tonalidade que é uma cor usada com anilina de bolo, não mudou de forma nenhuma o sabor do bolinho”, explicou Drica.

A comerciante ainda disse que não teve intenção de afrontar a religião de matriz africana e que o produto na cor rosa será comercializado apenas durante a semana do lançamento do filme.

“Gerou algumas polêmicas de pessoas que estão associando como se eu quisesse tirar a tradição, como se eu quisesse mudar o legado da tradição da baiana. Isso nunca existiu, porque está sendo só uma arma de propaganda nessa pré-estreia do filme e é só é essa semana, não é algo que vou continuar comercializando”, disse.

Drica revelou que após repercussão de toda polêmica envolvendo o alimento, houve aumento nas vendas. “Estou fazendo combos com bolinhos rosas. Está saindo bastante, está tendo bastante aceitação. Tem muitas crianças pedindo.”

Sobre o recurso que proíbe a comerciante usar o termo da ideia principal e criticas recebidas, ela disse que não vai rebater. “Sou uma pessoa muito tranquila, eu foco na paz, prefiro não dar continuidade e nem retrucar esses tipos de comentários.”

A vendedora contou que sua mãe é evangélica e trabalha com comida baiana há trinta anos, que é de onde vem o seu legado. Ela ainda ressaltou que tem dois pontos de vendagem em Salvador. “Venho de uma família tradicional, a minha mãe trabalha há trinta anos com comidas baiana, bolinho de feijão. Peguei o legado da minha mãe e trabalho no ramo há dezesseis anos. Tenho um ponto em Paripe e uma loja em Itapuã.” (bahia.ba)

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