A história do ex-homossexual Daniel Delgado se encontra com a de milhares de ex-gays espalhados pelo mundo. Abandonado pelo pai quando tinha apenas 2 anos e vítima de abuso sexual várias vezes, o até então jovem rapaz entrou em conflito com a sua própria sexualidade, acreditando que teria “nascido” homossexual.
A mãe de Daniel não pode lhe ajudar nos períodos mais críticos da sua vida, porque enfrentava uma depressão profunda. Sem uma referência masculina (paterna) positiva e na falta de uma feminina (materna) também, o jovem passou a se envolver com homens mais velhos acreditando que seria o certo.
“Eu fantasiava como era ser uma garota. Eu não sabia que estava desapegado do meu sexo. Eu não falava sobre isso”. disse ele, segundo informações do God Reports, lembrando de quando se relacionava sexualmente, ainda criança, com homens adultos. “Isso não parecia errado. Não sabia que era considerado abuso”, comentou.
Aos 16 anos Daniel enfrentou diversas formas de discriminação. Ele era excluído e xingado por outros adolescentes e isso fez com que ele pensasse no suicídio. O desenvolvimento de uma atração homossexual como resultado de um contexto passados, somado ao preconceito de pessoas que não entendiam esse processo, agravou o quadro emocional do rapaz.
Felizmente, Daniel tinha uma vizinha evangélica que percebeu o seu sofrimento e resolveu tentar ajudar de alguma forma. Certa noite, quando o jovem estava planejando como tirar a sua vida, essa desconhecida bateu em sua porta para falar com a sua mãe.
“Quero saber se seu filho gostaria de ir comigo à igreja hoje à noite, ao nosso grupo de jovens?”, disse a moça chamada Patti. “O Espírito Santo disse a ela para fazer isso. Ela estava relutando com o Senhor. Mas ela cheirava algo podre, um espírito de suicídio vindo da minha casa. Ela foi obrigada a vir porque ela queria que eu experimentasse vida”, disse Daniel.
Daniel foi à igreja e percebeu que recebeu acolhimento e amor. Entretanto, ele não entregou a sua vida a Cristo nesse primeiro momento. Em vez disso, o jovem assumiu uma identidade de travesti e se envolveu em outros relacionamentos homossexuais até os 20 anos, quando percebeu que não dava mais para continuar da forma como estava.
O agora -ex-homossexual decidiu voltar na mesma igreja onde foi acolhido aos 16 anos e entregar a sua vida para Cristo durante um culto. “Senti tanto amor e carinho naquele momento que comecei a chorar. Eu não queria chorar. Algo surgiu dentro do meu ser. Abri os olhos e me perguntei: ‘O que está acontecendo?’”, disse ele.
Daniel lembra que no momento a igreja se mobilizou em oração por ele, incluindo os rapazes do local. “Havia uma conexão com outros homens que era boa e santa, e eu nunca havia experimentado algo assim. Os outros homens e adolescentes estavam chorando”, disse.
Hoje Daniel está com 37 anos e continua firme nos propósitos do Senhor como um ex-homossexual. Ele contou que desenvolveu atração sexual por uma mulher, algo que aos poucos foi sendo transformado em sua vida diante dos anos de condicionamento físico em função da homossexualidade.
“Eu renunciei as coisas. Eu limpei meu quarto, coloquei as coisas nas sacolas, fui para um campo e queimei meus vestidos e perucas”, disse ele. “Eu precisava fazer uma declaração e prometer minha lealdade a Cristo. Eu não queria ser um filho do diabo. Eu não quero mais isso. Eu nunca olhei para trás”, conclui.
por Will R. Filho – Gospel +