Ao total, 15 pessoas foram indiciadas em Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Jacuípe como parte da operação Chargeback, realizada pela Polícia Civil nos estados da Bahia e São Paulo. O grupo é suspeito de aplicar golpes contra o PicPay.
A delegada Francine Gonçalves explicou que os golpistas realizavam compras com cartão de crédito e depois informavam à plataforma de pagamento que não reconheciam essas transações, pedindo o estorno. Ainda não se sabe o valor total da fraude, mas a delegada informou que supera os milhões de reais.
“Assim que recebemos a notícia crime, as investigações iniciaram. A empresa vítima, a PicPay, forneceu as informações e chegamos aos alvos, realizando buscas em vários endereços. A operação foi bem sucedida. Apreendemos quase 30 celulares e iniciamos 15 pessoas”, informou a delegada nesta terça-feira (6), revelando que a ação ainda deve ter uma nova fase.
Como não há mandado de prisão e não houve nenhum flagrante, os conduzidos serão ouvidos e liberados pela polícia. Na Bahia e em São Paulo, foram 29 mandados de busca e apreensão cumpridos.
“Esses conduzidos estão prestando esclarecimentos para que a gente possa reunir mais provas e pedir a prisão dos acusados. Os documentos também são fundamentais para ajudar na identificação de mais envolvidos na fraude”, explicou o diretor do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio, delegado Arthur Gallas.
A investigação aponta que os criminosos cometem fraudes através do sistema de pagamento digital. Os estelionatários usavam dados de outras pessoas para usar os serviços da empresa. Quando os verdadeiros donos dos cartões usados descobriam, pediam estorno à operadora, que ficava com o prejuízo.
Os 25 mandados de busca e apreensão da Operação Chargeback na Bahia foram cumpridos em Salvador, nos bairros de Jardim das Margaridas, São Cristovão, Bonfim, Boca do Rio, Uruguai, Itapuã, Imbuí, Pernambués, Alto do Cabrito, Alto do Coqueirinho, Fazenda Grande e Itacaranha, além de Lauro de Freitas e Conceição do Jacuípe.
Mais de 150 policiais civis participam da ação na Bahia, com a participação de uma equipe da 4ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), da PCSP, responsável pela investigação.
Além do DCCP, estiveram envolvidos policiais dos departamentos de Polícia Metropolitana (Depom), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), além da Assessoria Executiva de Operações de Polícia Judiciária (AEXPJ) e da Coordenação de Operações Especiais (COE).