O prefeito Bruno Reis (União) disse neste domingo (2), durante as comemorações do 2 de Julho, que Salvador não perderá receitas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) por conta dos resultados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (28). A capital baiana foi a que mais perdeu população em 12 anos, e agora é a quarta do país nesse quesito, caindo uma posição.
“Pelo contrário: vamos aumentar a nossa arrecadação. Evidentemente que esses números, com todo respeito ao IBGE, podem refletir também as dificuldades que os recenseadores tiveram de extrair a realidade. Nos últimos 12 anos, a quantidade de eleitores em Salvador cresceu, o número de pessoas que usam o SUS na cidade também. A demanda pelos serviços públicos, como a educação, foi maior, além do beneficiário de programas sociais”, argumentou o prefeito.
“Evidentemente que vamos aguardar a análise final destes números, que serão revisados. Já existem instituições recorrendo. Mas do ponto de vista das finanças vamos aumentar a participação no FPM, pois mantivemos a mesma faixa que estávamos e crescemos em outros critérios”, acrescentou.
Vale lembrar ainda que o presidente Lula sancionou esta semana a Lei Complementar nº 198/2023, que deve reduzir perdas de arrecadação de 770 municípios. São cidades que tiveram queda populacional no censo e vão perder quotas do FPM.
Bruno Reis também apontou que a violência em Salvador contribuiu para o resultado. “Não é justo que pessoas deixem a cidade por conta da violência. Além disso, muitos recenseadores não fizeram o trabalho porque a policial não garantiu que eles chegassem a um determinado bairro em virtude da guerra do tráfico”.
Atualmente, Salvador tem 2.418.005 habitantes – um declínio de 9,6% em comparação com 2010, quando foi feito o último recenseamento. Na época, a cidade era a terceira maior capital do país, com 2.675.656 moradores. O município mais populoso da Bahia perdeu espaço para Brasília e Fortaleza, no ranking das maiores capitais.
A Bahia, por sua vez, manteve a condição de quarto estado mais populoso do país.(Política Livre)