30 a 60 minutos de exercícios por semana podem diminuir risco de morte, aponta estudo

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Um estudo publicado nesta segunda-feira (28) no periódico British Journal of Sports Medicine aponta que realizar atividades de fortalecimento muscular, como treinamentos de resistência, todas as semanas, por ao menos 30 a 60 minutos, pode diminuir tanto o risco geral de mortalidade como aquele associado à doenças como diabetes, câncer ou problemas do coração.

O levantamento concluiu que pessoas que realizam esse tipo de exercício físico durante esse período de tempo apresentaram um risco entre 10 a 20% menor de morte por todas as causas.

Até então, embora cientistas já soubessem que exercícios de fortalecimento muscular estão associados a um menor risco de morte, esse percentual “ideal” era incerto.

Para chegar nesse número, os pesquisadores analisaram mais de 16 estudos que examinaram a relação entre esse tipo de atividade e problemas graves de saúde em individuos que estavam sendo monitorados há mais de 2 anos.

As pesquisas em questão foram conduzidas nos EUA, Inglaterra, Escócia, Austrália e Japão, com um grupo observacional cada que variava de 4.000 a quase 480.000 pessoas, entre 18 a 97 anos.

Com a análise dos dados, o cientistas descobriram que as atividades de fortalecimento muscular foram associadas a um risco 10 a 17% menor de morte por qualquer causa, bem como morte por doença cardíaca e acidente vascular cerebral, câncer, diabetes e câncer de pulmão.

Além disso, os pesquisadores concluíram que quando atividades de fortalecimento muscular foram combinadas com atividades aeróbicas, a redução do risco de morte por qualquer causa, doenças cardiovasculares e câncer foi ainda maior: 40%, 46% e 28% menor, respectivamente.

Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos.
Apesar disso, os pesquisadores ressaltam que nenhuma associação foi encontrada entre o fortalecimento muscular e um risco reduzido de tipos específicos de câncer e que os resultados do estudo não podem ser “amplamente aplicáveis” porque a maioria das pesquisas foi realizada nos EUA e algumas análises incluíram avaliações subjetivas das atividades de fortalecimento muscular.

Fora isso, os estudos foram todos observacionais e não clínicos, considerados como “padrão-ouro” por comprovarem a eficácia de uma determinada intervenção estudada.

Os pesquisadores ainda alertaram que não há evidências conclusivas de que mais de uma hora por semana de atividade de fortalecimento muscular reduz ainda mais o risco de morte.

“Tendo em vista que os dados disponíveis são limitados, mais estudos – como estudos com foco em uma população mais diversificada – são necessários para aumentar a certeza das evidências”, concluíram.

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