Um levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apontou que, no primeiro semestre de 2021, 89 pessoas transexuais morreram no Brasil. Foram 80 assassinatos e 9 suicídios.
Entre os assassinatos, 78 travestis e mulheres trans e dois homens trans/transmasculinos. A pesquisa mostra que ainda houve 33 tentativas de assassinato e 27 violações de direitos humanos.
O primeiro assassinato de 2021 foi de uma adolescente trans de 13 anos, que foi mortas à pauladas, chutes e socos no interior do Ceará — se tornando a vítima do transfeminicídio mais jovem do país. Desde 2017, primeiro ano do monitoramento, a idade mínima de jovens transexuais assassinados no Brasil caiu de 17 para 13 anos.
Entre as pessoas que tiveram a idade identificada em 2021, apenas 15% conseguiram ultrapassar a estimativa média de vida de uma pessoas trans, que é de 35 anos. Os outros 85% correspondem a indivíduos a faixa de 13 a 35 anos de idade. A maioria expressava publicamente o gênero feminino, sendo travestis e mulheres trans, e eram negras.
Segundo o levantamento, São Paulo, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná são os Estados com o maior número de casos. A Antra também ressalta uma onda de ataques transfóbicos em Pernambuco durante o mês de junho. (Bahia.Ba)