O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ouviu hoje do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que sabe, como o pesselista, o que é ser alvo de críticas da mídia.
“A mídia não gosta dele. Sei o que é isto, sei o que é sentir o Inferno, sentir a pancadaria da mídia marrom [termo pejorativo usado para se referir ao sensacionalismo]. Mas eu estou aqui”, disse Macedo, sorrindo na frase final, para ser aplaudido em seguida pelos fiéis que lotavam o Templo de Salomão, no Brás, região central de São Paulo.
Retomando a palavra, o religioso afirmou que Bolsonaro “vai arrebentar”. Macedo chamou o presidente ao púlpito e o conduziu para uma oração. Bolsonaro ficou de joelhos, enquanto o líder da Universal mantinha as mãos sobre a sua cabeça.
A oração, disse o bispo, era para o presidente “transformar a nação”. “Se ele [Bolsonaro] fracassar, todos fracassaremos”.
Macedo declarou que se tratava de uma “consagração” do eleito em 2018, algo que, segundo o bispo, não foi possível fazer com “outro candidato que foi eleito presidente”, em uma possível referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O líder da Universal também afirmou que a transformação do país é necessária devido ao erros dos políticos no passado.
Bolsonaro ficou no palco por menos de dez minutos e não falou aos fiéis da Universal nem na saída do local. Ainda no aeroporto, fez exames com sua equipe médica da época das cirurgias na região do abdome. Ele terá de se submeter a uma nova cirurgia, por conta de uma hérnia surgida no local da operação. A cirurgia será realizada no dia 8 no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele chegou ao suntuoso templo sob forte esquema de segurança. O local tem um controle rígido normalmente, o que impede a entrada de celulares, máquinas fotográficas e câmeras.
Confira vídeo: