Após desistir de viajar para o Vaticano com verba pública, Aras pede auditoria em agência

Foto : Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou ontem (3) uma auditoria em contratos do órgão que estão em vigor, entre os quais com uma agência de viagens que presta serviço ao órgão. De acordo com o G1, a decisão foi tomada depois de ter sido divulgado que Aras viajaria na próxima semana com recursos públicos para participar do ato de canonização da Irmã Dulce, no Vaticano, entre os próximos dias 11 e 14.

Os jornais “O Globo” e o “O Estado de S. Paulo” publicaram reportagens informando que a PGR gastaria R$ 67 mil para bancar a participação na cerimônia de Aras, da mulher dele e do subprocurador Alcides Martins.

O documento da Secretaria de Cooperação Internacional da PGR previu que Aras e a mulher viajassem de classe executiva, com passagens que custariam R$ 22.113,14.  Alcides Martins iria em classe econômica, ao custo de R$ 6 mil. Aras ainda teria direito a sete diárias, somando R$ 13.580. A mulher dele, por sua vez, receberia, em diárias, R$ 12.908,00; e Alcides Martins outros R$ 12.908,00.

Os gastos ficariam a cargo do Ministério Público Federal (MPF). No entanto, depois de pedir a cotação, Aras informou que desistiu de viajar com verba pública e decidiu pagar com recursos próprios. Já Martins recuou da viagem.

De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a decisão foi motivada pelo elevado valor orçado.

Questionada sobre a auditoria, a assessoria de imprensa da PGR disse que “trata-se de uma medida administrativa ordinária, normal em toda transição de gestão”, a fim de “conhecer todos os contratos em andamento e analisar a possibilidade de eventuais ajustes ou até mesmo de redução de despesas”.

(Metro1)

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