O Papa Francisco celebrou neste domingo a missa de abertura do Sínodo da Amazônia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com atenção voltada aos incêndios na floresta. No local estavam povos indígenas e mais de 180 cardeais, bispos e padres. Participam também doze convidados laicos, incluindo o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, e pesquisadores e cientistas do mundo todo.
“O fogo causado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o fogo do Evangelho”, disse o pontífice. “O fogo de Deus é o calor que atrai e reúne a unidade. É alimentado pela participação, não pelos lucros”.
Em oração, Francisco pediu de Deus inspire os bispos a agir com ousadia para proteger a região. “Se tudo continuar como antes, se passarmos nossos dias contando que ‘é assim que as coisas sempre foram feitas’, o presente desaparece, sufocado pelas cinzas do medo e da preocupação em defender o status quo”, disse o papa.
O sínodo especial continua até o dia 27 de outubro e se tornou um dos mais controversos gestos do papado de Francisco. O encontro vai discutir questões ambientais, além de temas sociais, ambientais e religiosos dos nove países que têm territórios na Amazônia. Além do Brasil, são Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela e Suriname. (Veja)