O número de empregados com carteira assinada na Bahia teve leve recuo no 3º semestre em 2019 em comparação ao ano anterior. A soma de empregados no setor privado (exceto empregados domésticos) foi de 1,454 milhão de pessoas, sendo o menor contingente para um 3º trimestre e segundo menor contingente, considerando todos os meses da série histórica da PNAD Contínua desde 2012.
Houve discretos recuos nesse contingente tanto em relação ao 2º trimestre, quando os trabalhadores com carteira somavam 1,472 milhão de pessoas, quanto frente ao 3º tri/18 (1,463 milhão). Em ambos os casos, porém, as variações são consideradas estabilidade estatística. Por outro lado, 1,081 milhão de pessoas eram empregadas no setor privado sem carteira assinada no 3º trimestre deste ano, na Bahia. O número também mostrou uma leve queda em relação ao 2º trimestre, quando havia chegado a 1,092 milhão de pessoas, e ficou igual ao do 3º trimestre de 2018.
Já os trabalhadores por conta própria somavam 1,703 milhão no 3º trimestre deste ano. Um número um pouco menor que o 1,707 milhão verificado no 2º trimestre e abaixo também do registrado no 3º tri/18 (1,723 milhão). Mesmo com essas pequenas reduções de contingente, no 3º trimestre de 2019 os empregados sem carteira assinada e os ocupados por conta própria somavam 2,784 milhões de pessoas na Bahia, ou quase metade (48,0%) de todos os trabalhadores do estado.
Além disso, na Bahia, 913 milhões de pessoas que trabalhavam no 3º trimestre estavam subocupadas por insuficiência de horas, ou seja, trabalhavam menos horas do que gostariam e poderiam trabalhar. Esse grupo diminuiu um pouco frente ao 2º trimestre (quando eram 949 mil subocupados), mas cresceu em relação ao 3º trimestre de 2018 (898 mil) e representava 15,7% dos trabalhadores baianos.
Na passagem do 2º para o 3º trimestre de 2019, houve diminuição do número de pessoas trabalhando em 6 dos 12 grupamentos de atividade investigados na Bahia. Em termos absolutos, os saldos mais negativos foram registrados no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-38 mil pessoas ocupadas entre o 2º e o 3º tri/19) e na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-17 mil trabalhadores).
Por outro lado, os grupos de atividades que mais empregaram no período foram a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+39 mil trabalhadores) e a indústria de transformação (+24 mil). Esses foram os grupos que também tiveram os maiores saldos positivos na comparação com o 3º trimestre de 2018: mais 79 mil e mais 53 mil pessoas ocupadas, respectivamente.
Nesse confronto com o 3º tri/18, as maiores perdas vieram dos segmentos de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-60 mil trabalhadores) e alojamento e alimentação (-44 mil). (bahia.ba)