A força-tarefa da Lava Jato no Paraná rastreia o fluxo financeiro da Mendes Pinto Engenharia, empresa com sede em Minas Gerais, suspeita de operar propina referente à construção da Torre Pituba. O empreendimento abrigava, até outubro de 2018, a sede da Petrobras no estado.
De acordo com a coluna Satélite, do Correio, o interesse do Ministério Público Federal (MPF) sobre a Mendes Pinto aumentou, depois das delações firmadas por três alvos da Operação Sem Fundos, 56ª fase da Lava Jato, deflagrada em novembro do ano passado.
Um dos delatores é o herdeiro da empreiteira, Marcos Felipe Mendes Pinto. De acordo com o MPF, ele era responsável por parte dos repasses encaminhados a petistas baianos e dirigentes do fundo de pensão da estatal (Petros), que bancou a construção.
Marcos Felipe revelou ao MPF detalhes sobre a distribuição de valores, a partir de 2010, e também os nomes de supostos emissários.
A Mendes Pintos Engenharia venceu a licitação para gerenciar a obra por R$ 69 milhões, porém depoimentos e indícios coletados pela Lava Jato apontam que se tratava de um contrato de fachada.
Segundo documentos divulgados ontem pelo site O Antagonista, os delatores confirmaram ao MPF que 10% do contrato foi dividido de forma igualitária entre o PT da Bahia, o comitê nacional do partido e dirigentes da Petrobras e do fundo de pensão da estatal. (Metro1)