O período da Páscoa era de expecativa de alta de até 4,9% para o setor de comércio, em relação ao ano passado. Agora, em meio à pandemia do novo coronavírus, o causador da Covid-19, as prioridades mudam e as pessoas devem colocar o chocolate em segunda opção, aponta a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio). O cenário aponta, por ora, queda de até 5,6% na saída dos produtos.
O varejo de chocolates no estado vai deixar de vender 7,25 milhões de reais, explica a entidade, uma vez que o faturamento esperado era de R$ 72,6 milhões e, após a revisão, o montante movimentado deve ser de 65,4 milhões de reais.
“Com o isolamento social, as famílias estão priorizando o consumo em farmácias e supermercados, sobretudo, naqueles produtos de consumo básico do dia a dia. Assim, o chocolate passa a não ser listado nas prioridades de compras neste momento”, explica o consultor econômico da Federação, Guilherme Dietze.
“O que evitará um desempenho ainda pior é que os produtos conseguem ser vendidos de alguma forma, pois os supermercados e lojas especializadas podem abrir suas portas na quarentena e até vender através de aplicativos de entrega/delivery”, acrescenta.
O clima de qualquer festividade cai por terra neste momento, acredita ele. Em todo caso, a Fecomércio sugere que a população priorize o micro e pequeno empresário e efetue seus pedidos, nem que seja por meio online. “São esses empresários, como os produtores de chocolates artesanais, que devem sofrer mais por conta da crise e que já haviam começado a produção para o período”, alerta o especialista, ao afirmar que as próximas semanas serão de desafio para o varejo.
“Quem puder vender os produtos da Páscoa a um preço mais baixo que o faça, pois o importante neste momento é gerar recursos para o caixa e com isso conseguir arcar com os compromissos do mês, evitando a inadimplência”, indica o presidente da Fecomércio, Carlos de Souza Andrade. (Bahia.ba)