Lançado nas redes sociais pelo governador Rui Costa no último sábado (11), o aplicativo Preço da Hora Bahia já foi baixado por mais de 30 mil baianos e segue atraindo grande interesse do consumidor ao permitir a realização de cotações em segundos e sem sair de casa. Com o grande número de pessoas em quarentena em função da pandemia do coronavírus, a ferramenta disponibilizada pelo governo baiano traz informações em tempo real extraídas das notas fiscais eletrônicas, bastando fazer a leitura do código de barras impresso na embalagem, usando o celular, ou digitar o nome do produto desejado.
“Pra te ajudar a ficar menos tempo na rua”, disse o governador em seu perfil no Instagram, “e coibir preços abusivos”. Em tom didático, ele ainda explicou: “Com ele, você compara preços pelo celular, sem sair de casa. As informações são atualizadas em tempo real, extraídas das notas fiscais eletrônicas. Menos exposição na rua, mais economia, mais segurança”.
Com o Preço da Hora Bahia, é possível comparar, por exemplo, os preços de itens hoje difíceis de encontrar, como álcool em gel, máscaras e luvas, em meio a seis milhões de produtos comercializados diariamente em toda a Bahia. A pesquisa abrange todos os produtos vendidos no varejo, com destaque especial para combustíveis e medicamentos.
Como as informações têm como fonte exclusiva as notas fiscais eletrônicas armazenadas na Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), torna-se ainda mais importante solicitar a nota fiscal em todas as compras. Com o Preço da Hora Bahia, “cada usuário economiza, e todos ganham”, enfatiza o secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório.
As informações são fornecidas pelas cerca de 180 mil empresas presentes nos 417 municípios da Bahia ao emitirem a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) ou a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Diariamente, são mais de 3,2 milhões de notas fiscais processadas pela Sefaz-BA, com picos superiores a 4,4 milhões. Somente em Salvador são emitidas mais de 1,2 milhão notas fiscais eletrônicas todos os dias. O Interior, por outro lado, responde por 68% do total de produtos comercializados no varejo.
Consórcio Nordeste
O Preço da Hora Bahia baseia-se em uma solução desenvolvida pelo Governo da Paraíba em parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), cedida para a Bahia como parte da política de intercâmbio de boas práticas entre os estados no âmbito do Consórcio Nordeste, presidido pelo governador Rui Costa. A adaptação foi feita pela Sefaz-BA, tendo a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) como parceiro tecnológico.
Disponível para celulares Android e iOS, a ferramenta permite ao usuário fazer suas próprias listas de compras e obter as melhores cotações para elas, possibilitando assim definir produtos favoritos para facilitar a pesquisa. Além do App, a solução inclui também uma página na web (precodahora.ba.gov.br), que amplia as possibilidades de navegação a partir do computador.
O aplicativo utiliza a geolocalização do aparelho para encontrar os menores preços em um raio de até 30 quilômetros, que pode ser ajustado a parâmetros informados pelo usuário. Ao receber a relação de preços e locais onde eles estão sendo praticados, o consumidor terá na tela informações sobre quando foi realizada a última venda, telefone e rota para chegar ao estabelecimento. É possível ainda acessar um gráfico com o histórico de preços do produto.
A Sefaz-BA esclarece que os preços são obtidos das informações de notas já emitidas e que o estabelecimento não é obrigado a garantir um preço que tenha sido praticado em promoção ou situações como vendas a usuários fidelizados, descontos por pagamento à vista, promoções-relâmpago, entre outras.
O Preço da Hora Bahia exibe o preço praticado e o eventual desconto concedido. Por esta razão, principalmente quando encontrar preços muito menores que os de costume, o consumidor deve ligar para a loja e confirmar se o preço permanece o mesmo. Isto pode ser feito diretamente do aplicativo, que exibe o telefone informado pelo estabelecimento na nota fiscal. (Secom)