O filho do prefeito de Itabuna, cidade do sul da Bahia, Fernando Gomes, foi preso, por homicídio qualificado, nesta terça-feira (20), suspeito de torturar e matar um vaqueiro. O crime pelo qual Markus Monteiro de Oliveira é apontado como autor aconteceu em dezembro de 2006, na fazenda em que ele é dono, na cidade de Floresta Azul, também no sul baiano.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura, que informou que ele não vai se manifestar sobre a prisão do filho.
Segundo informações do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Markson Monteiro de Oliveira, conhecido também como Marcos Oliveira, foi apontado pelos familiares da vítima, identificada como Alexandro Honorato, como o autor do crime. Ele era considerado foragido.
No dia 27 de dezembro de 2006, Markson prestou depoimento no Complexo Policial de Itabuna e foi liberado.
A polícia concluiu o inquérito em janeiro de 2007, quando Markson Oliveira foi indiciado pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O documento foi encaminhado ao MP de Ibicaraí, que ficou encarregado de oferecer ou não denúncias à Justiça.
De acordo com o Ministério Público, o mandado de prisão preventiva expedido contra o filho do prefeito, foi datado em 8 de fevereiro de 2007 e tinha validade de 1° de dezembro de 2026. Nesta terça, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu pelo cumprimento do mandado.
Marcos Oliveira foi condenado pela primeira turma da 2ª vara criminal do Tribunal de Justiça da Bahia a 13 anos de prisão por homicídio qualificado.
Frase polêmica do pai
No início do mês de julho, em um anúncio, nas redes sociais, sobre as ações municipais referentes ao comércio durante a pandemia do novo coronavírus, o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, e pai de Markus Oliveira, fez um comentário que causou polêmica.
O prefeito declarou por meio de transmissão pela internet que autorizaria que estabelecimentos comercias reabrissem “morra quem morrer”. Ainda no mesmo período, o gestor afirmou que não houve ‘descaso’ com vítimas da Covid-19 ao falar declaração. (G1)