O navio Ever Given, que bloqueou o Canal de Suez por quase uma semana, em março, está novamente parado na hidrovia. As autoridades do canal buscam uma indenização de US$ 916 milhões contra o proprietário japonês para liberar o navio. O porta-contêiner, de propriedade de Shoei Kisen, está estacionado em um lago que separa duas seções do canal, desde que foi desencalhado em 29 de março.
O Ever Given, que tem 400 metros de largura (quase quatro campos de futebol), ficou atravessado diagonalmente dentro do canal que tem aproximadamente 200 metros de largura, bloqueando o tráfego nos dois sentidos.
Fontes da Autoridade do Canal de Suez (SCA), que não quiseram ser identificadas, disseram que uma ordem judicial havia sido emitida para que o navio fosse detido. As negociações sobre o pedido de indenização ainda estavam em andamento, segundo uma das fontes. A UK Club, a seguradora de proteção e indenização (P&I) para o Ever Given, declarou que o pedido do canal inclui US$ 300 milhões como “bônus de salvamento” e outros US$ 300 milhões para “perda de reputação”.
O Ever Given encalhou no dia 23 de março, impedindo por seis dias a passagem em uma das rotas comerciais mais importantes do mundo, que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo, na Europa. O bloqueio desorganizou as cadeias de abastecimento globais, ameaçando atrasos onerosos para as empresas, que já sofriam com as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, e quase dobrou as taxas para os navios petroleiros. Pelo menos 369 navios esperavam a desobstrução do canal, e muitos podem ficar sem indenização. (Metro1)