O servidor do Tribunal de Contas da Bahia, Antonio José Trocoli da Silveira, de 56 anos, morreu em uma ação policial realizada na Avenida Garibaldi, em Salvador, na noite de quarta-feira (15). O homem era pai do lutador de MMA Antônio “Malvado” Trocoli.
Em uma de suas redes sociais, Antônio “Malvado” Trocoli trocou a foto de perfil por uma imagem que representa uma lágrima. No começo da tarde, o lutador postou uma série de publicações em uma rede social, onde contesta a versão da PM. Ele divulgou imagens de um vídeo com o suposto momento da operação que resultou na morte do pai. O lutador escreveu nos vídeos: ‘Com a mão na cabeça? Isso é defesa aonde?’.
De acordo com informações da Polícia Militar, Antonio José teria sido baleado após reagir a uma abordagem policial na praça Lord Cochrane, na avenida Garibaldi.
Ainda segundo informações da polícia, Antonio José estaria agredindo pedestres em via pública na praça. Uma viatura teria ido ao local e ao identificarem o homem, os PMs teriam ordenado que o Antonio José colocasse as mãos sobre a cabeça para a realização de uma abordagem. Porém, ele teria sacado uma arma de forma abrupta, e os militares reagiram. Ele foi baleado.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a socorrer Antonio José Trocoli da Silveira para o Hospital Geral do Estado, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
A PM diz que após a ação, foi identificado que o objeto usado por Antonio José era um simulacro de arma de fogo. A ocorrência foi registrada na Corregedoria da Polícia Militar.
O irmão do servidor do TCM, Álvaro da Silveira, afirmou à reportagem da TV Bahia que o reconhecimento do corpo será feito na tarde desta quinta-feira e que o enterro será na sexta-feira (17), às 15h no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. Antonio era casado e além de Antônio “Malvado” Trocoli, era pai de outras três filhas.
O presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Contas dos Municípios se mostrou surpreso com a situação. Segundo ele, Antonio era funcionário do TCM há mais de 30 anos.
“Estamos surpresos. Soubemos por volta das 9h, não tem ainda maiores detalhes. Ele era uma pessoa totalmente pacífica, educada e calma. Ele trabalhava no setor de protocolo do TCM há mais de 30 anos”, disse Manoel Augusto. (G1)