Paradas há seis anos, as obras da usina nuclear de Angra 3 demandará cerca de R$ 17 bilhões para serem concluídas. As estimativas mais atualizadas são da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pela Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, na Costa Verde, no Rio de Janeiro.
Segundo levantamento da CNN, o valor supera os orçamentos integrais, isolados, de 24 capitais brasileiras para o ano de 2022, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
É maior também que os valores aprovados pelas assembleias de legislativas de dez estados para o mesmo período, e se soma aos R$ 7,8 bilhões já investidos pelo governo na construção da unidade.
A usina, que adicionará ao sistema 1,4 mil megawatts de potência, tem inauguração prevista para 2026 e está 65% concluída.
A retomada das obras de Angra 3, iniciadas em 1984, foi autorizada na última sexta-feira (28), pelo Comitê de Administração da Eletrobras. Nesta fase, foi homologado o consórcio vencedor da licitação para realizar as obras do Programa de Aceleração do Caminho Crítico, que inclui o prédio do reator e edifícios de segurança, orçada em R$ 300 milhões.
Para o restante da estrutura, será realizada adiante uma nova licitação, que está com edital em processo de montagem pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pode modificar o valor do orçamento vigente.
Um estudo do Instituto Escolhas aponta que o descomissionamento da obra, com a realização de todos os pagamentos e indenizações de contratos, custaria cerca de R$ 12 bilhões.
O trabalho aponta ainda que, se a energia produzida pela unidade fosse substituída por solar durante os 35 anos de funcionamento da unidade, seria possível economizar R$ 12,5 bilhões no período. O instituto indica ainda que o megawatt da Angra 3 sairia a R$ 528. Mais de cinco vezes o estimado em 2018 como custo para a mesma energia produzida por fonte solar, de R$ 103.
Fonte: Bahia.ba