Presos por atos terroristas nas sedes dos Poderes em Brasília estão sendo transferidos para presídios. Os homens são levados para o Complexo da Papuda e as mulheres para a Colmeia, Penitenciária Feminina do DF. No domingo (8), extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protagonizaram cenas de vandalismo e horror.
Os grupos invadiram e destruíram o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Planalto. Até a noite de domingo, segundo a polícia estadual do DF, 300 pessoas haviam sido detidas.
O estado está sob intervenção federal na segurança pública, conforme anunciado pelo presidente da República, Lula (PT), já no final da tarde de ontem. À noite, o gestor e membros dos Poderes visitaram as sedes na Praça dos Três Poderes após inspeção.
Na madrugada, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador local, Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias. A atitude do político foi considera omissa. Em vídeo Rocha pediu desculpa a Lula e disse que não “esperava” que a situação fosse se transformar em uma escala de violência.
Os golpistas agem motivados pela insatisfação com o resultado das eleições. No dia 30 de outubro, Lula foi democraticamente eleito no Brasil.
A Advocacia-Geral da União solicitou ontem ao STF a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres e demais agentes públicos envolvidos que tenham se omitido ou agido para facilitar a invasão dos prédios dos Três Poderes.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que os invasores podem ter que enfrentar até 16 anos de prisão por crimes cometidos durante a invasão. (Correio)