Rede varejista em recuperação judicial desde 20 de janeiro, a Americanas protagonizou o primeiro passo para um entendimento com um de seus principais credores, o BTG Pactual. A empresa devedora e o banco credor apresentaram na quinta-feira (16) uma petição conjunta de suspensão da ação movida pelo grupo contra ações judiciais de bancos credores ingressadas em São Paulo. A Americanas quer concentrar todos os questionamentos no Rio de Janeiro, onde corre a recuperação judicial.
Em 11 de janeiro deste ano, o então CEO da Americanas, Sérgio Rial, revelou a existência de R$ 20 bilhões em dívidas não divulgadas corretamente na contabilidade. O executivo renunciou ao cargo no mesmo dia.
Na petição, devedora e credor argumentam que “diante das recentes e relevantes decisões proferidas tanto nos autos da recuperação judicial do Grupo Americanas, como nos demais processos a ela correlatos” as partes decidiram pleitear a suspensão deste conflito de competência e dos prazos “para o fim de que possam avaliar a repercussão de tais decisões e considerar possíveis alternativas”.
Em 19 de janeiro, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da capital fluminense aceitou o pedido de recuperação judicial. A empresa reportou dívidas de mais de R$ 40 bilhões. O BTG tem a receber R$ 3,5 bilhões da varejista. Na próxima semana, a varejista tem que apresentar uma proposta de recuperação judicial.
O consenso com todos os credores ficou mais próximos depois que os acionistas de referência, os bilionários da 3G capital Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira indicaram que poderão aceitar aportar R$ 10 bilhões na companhia. Antes, a proposta girava entre R$ 6 bilhões e R$ 6 bilhões. Parte dos débitos devem ser pagos em ações do grupo. Fonte: CNN Brasil