Duas das rodovias federais líderes em acidentes na Bahia serão duplicadas com investimentos do governo federal, pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, serão aplicados investimentos de quase R$ 120 bilhões em obras e serviços no estado.
BRASIL: Novo PAC somará R$ 1,68 trilhão em investimentos
As BRs- 116 e 101, que também são as maiores do país, serão duplicadas. Com extensão de 4.660 km que vão do Ceará ao Rio Grande do Sul, o trecho que entrará em obra na Bahia será o que fica entre as cidades de Serrinha e Feira de Santana.
Já a BR-101, que tem 4.482 km e corta a costa atlântica do Brasil, ligando os estados do Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, será duplicada na divisa entre Sergipe e a Bahia, também no trecho da cidade de Feira de Santana.
Outra rodovia que será ampliada é a BR-242, entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano. Em julho deste ano, o governo federal já tinha anunciado a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) como 1ª obra do Novo PAC, e reforçou nesta sexta-feira.
Completam a lista de obras na Bahia a duplicação Estrada do Derba (no trecho entre o BRT Águas Claras até o Subúrbio); as barragens Catolé, Morrinhos, Baraúnas e Rio da Caixa; a Adutora da Fé, o Contorno Norte de Feira de Santana e as moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.
Água e Luz Para Todos
O programa Água Para Todos será retomado para garantir água potável para a população de áreas mais remotas do país. Ao todo, o governo federal investirá R$ 7,5 bilhões na Bahia, por meio de revitalização das bacias hidrográficas, em ações de preservação, conservação e recuperação.
Com o programa Luz Para Todos, o investimento vai atender ao desafio da transição e segurança energética, e 80% do acréscimo da capacidade de energia elétrica virá de fontes renováveis. A previsão é de que o atendimento no Nordeste seja universalizado em comunidades isoladas na Amazônia Legal.
Na Bahia, R$ 36,3 bilhões serão aplicados na área de transição e segurança energética, para garantir a diversidade da matriz energética, a soberania brasileira, a segurança e eficiência energética para o país crescer de forma acelerada, gerando emprego, renda e inclusão social.
Saúde e segurança
Na área da saúde, o Novo PAC investirá R$ 7,1 bilhões na Bahia para construir novas unidades básicas de saúde, policlínicas, maternidades, e também a compra de mais ambulâncias para melhorar o acesso a tratamento especializado.
Além disso, o governo federal investirá no complexo industrial de saúde, para reforçar a oferta de vacinas e hemoderivados, e também em telessaúde para aumentar a eficiência em todos os níveis de atendimento à população.
Outros R$ 6,3 bilhões serão investidos para reforçar a indústria da defesa, e aumentar tecnologias de ponta e aumento da capacidade nacional.
Educação, ciência e tecnologia
O governo federal anunciou ainda investimento de R$ 3,1 bilhões para expandir o 5G e para levar rede 4G a rodovias e regiões remotas, além de fornecer internet de alta velocidade a todas as escolas públicas e unidades de saúde.
O Novo PAC também aplicará R$ 14,7 bilhões para construir creches, escolas de tempo integral, modernizar e expandir de Institutos e Universidades Federais, para garantir a permanência dos estudantes nas unidades de ensino, a alfabetização na idade certa e a produção científica no Brasil.
Infraestrutura, transporte e sustentabilidade
A Bahia também receberá investimento de R$ 300 milhões para ampliar o acesso da população a espaços de cultura, esporte e lazer, como forma de reforçar o convívio social e reduzir a violência.
O estado também receberá R$ 16,3 bilhões para investir na construção de novas moradias do Minha Casa Minha Vida e financiar a aquisição de imóveis nas cidades que se adaptarem às mudanças climáticas e oferecerem melhor qualidade de vida para a população.
O valor também será usado para modernizar a mobilidade urbana de forma sustentável, para urbanização de favelas, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos e contenção de encostas e combate a enchentes.
Com relação aos transportes, haverá investimento de R$ 27,8 bilhões em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, para reduzir os custos da produção nacional para o mercado interno e elevar a competitividade do Brasil no exterior. (g1)