Fim da reeleição no país pode começar a valer a partir de 2030, diz Jaques Wagner

PECs em discussão no Senado estabelecem mandato de cinco anos e são ‘unanimidade’, afirma líder do governo

Foto: Jamile Amine/bahia.ba

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta segunda-feira (4) que, se aprovada neste ano, a reeleição para presidente, prefeito e governador poderá valer a partir de 2030. O formato em discussão, do qual diz ser favorável, estabelece mandato de cinco anos consta e consta em três PECs (propostas de emenda à Constituição) em análise na Casa.

“Essa PEC, eu diria, tende a ser uma unanimidade. Acho que é um reconhecimento geral de que a reeleição não foi um bom instituto para a política brasileira. Evidentemente que tem que se ver como é que você reintroduz a reeleição, pra você não ofender direitos ou expectativa de direitos. A tendência dos debates que a gente tem tido é jogar ela pra 2030”, declarou Wagner a jornalistas durante a inauguração Hospital Ortopédico do Estado, no Cabula, em Salvador.

“Há uma tese também da coincidência de todas as eleições, de vereador à de presidente da República, com a qual eu sou amplamente favorável. Não dá pra, de 2 em 2 anos ter eleição. Então que está se conformando são 5 anos de mandato, sem reeleição, podendo ou não ter coincidência de todas as eleições em um dia só”, avalia o senador.

“Teríamos cinco anos sem disputa política, podendo cuidar da gestão. E não vejo ninguém contra, não.”

Na semana passada, o senador expôs um racha no partido ao rebater uma fala da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que já classificou a ideia como “oportunista”, segundo o jornal O Globo.

“Por que é oportunista? Na proposta que está apresentada só os eleitos em 2030 ou em 2028 na eleição municipal, só esses estariam cerceados com o mandato de 5 anos. Quem se eleger em 2024 ou 2026 teria o direito de se eleger em 2028 ou 2030. Não está ceifando ninguém”, reagiu (Bahia.ba)

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