Com que frequência você deve trocar o lençol?

Foto: Divulgação Google

Faz quantos dias que você está usando o mesmo lençol? Duas semanas? Um mês? Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o mais indicado é lavar lençóis e fronhas pelo menos uma vez por semana.

O motivo é simples: o corpo está sempre passando por renovações e descartando a pele morta excedente, que pode se acumular nos tecidos durante o sono.

Isso, por sua vez, chama a atenção de ácaros, que se alimentam dessa pele morta. “As fezes eliminadas por esses ácaros contêm proteínas que são altamente alergênicas para algumas pessoas, gerando crises de rinite, asma e dermatite atópica”, informa Silvia Chan, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O corpo também produz óleo e suor diariamente, que podem penetrar nas roupas e, depois de um tempo, gerar um odor desagradável e prejudicar a qualidade do sono.

Mas nem todas as peças precisam ser lavadas toda semana. Além disso, fatores como a estação do ano e se você dorme sem roupa podem deixar os lençóis sujos mais rapidamente. Leia mais abaixo.

Quando trocar cada peça?

A recomendação para trocar a roupa de cama uma vez por semana serve principalmente para os lençóis e fronhas, que têm mais contato direto com a pele e estão mais suscetíveis a acumular suor e pele morta.

“Pensamos no local de dormir como um local de entrega. A pessoa não pode chegar na cama e sentir que não pode se entregar, que não está confortável. Ela precisa sentir um odor e toque agradáveis”, afirma Leticia Soster, médica do sono do Hospital Israelita Albert Einstein.

“No caso dos travesseiros, tem que ter a segurança de que encostar o rosto ali não vai trazer nenhum problema respiratório”, avisa Maria Letícia Chavarria, coordenadora do departamento científico de rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

Chavarria ressalta ainda a alternativa de usar capas protetoras para travesseiros e colchões, que ajudam a diminuir reações alérgicas. No entanto, isso não cancela a necessidade de lavar as peças.

Idosos requerem atenção especial, por terem a pele fragilizada. “Se houver algum incidente, como derramamento de líquidos ou suor excessivo, é aconselhável trocar a roupa de cama imediatamente para evitar bactérias e odores que possam causar desconforto”, avisa Silvia Chan, dermatologista.

Colchas, edredons e cobertores: A frequência de troca das peças mais pesadas, como colchas, edredons e cobertores, é mais subjetiva, porque nem todo mundo dorme com um lençol entre o corpo e a coberta.

“A gente sempre considera que o que encosta na pele precisa trocar com mais frequência. Se o edredom encostar, deve trocar em uma semana. Mas se não, pode deixar mais tempo”, diz Leticia Soster.

“Em situações normais, recomenda-se a troca mensal”, diz Silvia Chan. “Mas nos meses de inverno ou para pessoas que moram em apartamento, a troca mensal pode ser complicada, pela dificuldade de lavar e secar os cobertores”, completa.

A médica indica o uso de capas laváveis para edredons para contornar esse problema.

Quando é preciso trocar antes?

A médica indica o uso de capas laváveis para edredons para contornar esse problema.

O calor atrapalha o sono tanto na hora de adormecer quanto no meio do sono. “A qualidade do sono é um conceito em que consideramos tanto fatores objetivos, como odor e toque, como subjetivos, que é como a pessoa se sente ao acordar”, explica Soster.

“No calor, muitas pessoas acabam suando mais à noite, especialmente se os tecidos dos lençóis são muito sintéticos. Isso fragmenta mais o sono e impede que a gente faça os ciclos de sono, dando a sensação de que não dormimos bem”, afirma a médica.

A fragmentação do sono acontece quando a pessoa desperta brevemente durante a noite, o que pode interromper o sono profundo e diminuir a eficácia do descanso. Ou seja, suando a noite, a pessoa vai precisar trocar a roupa de cama com mais frequência para não sofrer com isso.

Fonte: G1 Bahia

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