De país mais rico a carência: Entenda como Venezuela entrou em crise

Venezuelanos vão às urnas neste domingo, 28, escolher o novo representante do país

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Foto: Juan Barreto/AFP

A Venezuela viveu os os tempos de ouro nas décadas de 1950 a 1970, quando o país deixou a ditadura militar e retornou ao regime democrático, com a eleição de Rómulo Betancourt. A elevação da economia venezuelana naqueles anos foi puxada pela produção de petróleo.

Em 1974, no entanto, o país começou a enfrentar as suas primeiras crises devido às variações do preço do produto, seguidas por uma forte instabilidade política instaurada no país naquele ano.

Com a queda do petróleo, em 1983, o país começou a sofrer uma grave crise econômica que, consequentemente, alastrou a pobreza entre os venezuelanos. O período marcou o início da devastação da Venezuela, hoje marcada pela crise humanitária.

Movido pela revolta da crise, em 1989, parte dos venezuelanos foram às ruas para protestar contra o aumento dos custos de vida. O ato ficou conhecido como Caracazo e descoberto em diversas mortes.

Três anos depois, o país presencia uma tentativa de golpe movida pelo tenente-coronel do Exército, Hugo Chávez, quando começa sua ascensão. As tentativas resultaram no impeachment de Pérez, que foi acusado de corrupção.

O declínio do país começou após a eleição de Chávez como presidente em 1998, início de uma série de mudanças políticas. A gestão dele, marcada pela “Revolução Bolivariana”, durou até 2013, ano da sua morte.

Com isso, quem assumiu a cadeira foi o atual presidente Nicolás Maduro, eleito pelas urnas. Após o pleito, a economia do país não conseguiu se reerguer e o preço do petróleo entrou em queda.

Neste domingo, 28, os venezuelanos voltam às urnas para escolher o novo representante do país. Segue-se uma disputa entre Maduro, que tenta a reeleição, e seu principal opositor Edmundo González Urrutia.

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