A Polícia Civil da Bahia passou a ter uma Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme). A nova unidade foi inaugurada nesta sexta-feira (9) e terá conexão direta com o Exército Brasileiro e a Polícia Federal (PF).
Anunciada como um passo importante na missão de proteger a sociedade, a delegacia está vinculada ao Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco).
Em nota, a Polícia Civil destaca que “a universalidade com outras forças de segurança vai unificar e aperfeiçoar os serviços de investigação, a fim de reprimir a circulação de armamento bélico ilegal e sua utilização por organizações criminosas”.
“Na medida em que a sociedade evolui se faz necessário que as forças de seguranças acompanhem esse movimento, com investimento em pessoas, tecnologia e estruturas capazes de dar a resposta que a população exige e merece”, defendeu a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito.
A diretora do Draco, delegada Márcia Pereira, acrescentou que a nova unidade é “totalmente operacional” e será eficaz no enfrentamento às organizações e lideranças criminosas, já que o trabalho em conjunto envolve a troca de informações com as forças policiais a nível interestadual.
A Desarme vai funcionar no mesmo complexo onde estão sediados o Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento de Polícia Metropolitana (Depom). A estrutura está adaptada às demandas e necessidades da nova especialidade.
Maior apreensão de armas do ano
A inauguração da unidade ocorre cerca de um mês após o que a polícia chamou de “maior apreensão de armas na Bahia em 2024”. A operação conjunta do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) e da Coordenação de Recursos Especiais (Core), realizada nos dias 11 e 12 de julho, garantiu a apreensão de:
- seis fuzis;
- uma submetralhadora;
- mais de mil munições;
- 10 kg de pasta-base de cocaína;
- além de dois coletes à prova de balas.
Os materiais estavam dentro de um esconderijo subterrâneo em um matagal apreendido na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. De acordo com o delegado à frente da operação, o armamento era usado para combate entre facções e contra a polícia.