Bloqueio lombar: entenda como funciona o procedimento que alivia dores crônicas nas costas

Técnica segura e minimamente invasiva oferece alternativa para pacientes com dor persistente e difícil controle

Para quem sofre com dores nas costas que persistem por longos períodos, o bloqueio lombar surge como uma alternativa eficaz para aliviar a dor e reduzir inflamações.

Este procedimento é realizado sem cortes, utilizando seringas e agulhas guiadas por imagem, e é indicado para diversas condições da coluna que não respondem aos tratamentos convencionais, como fisioterapia e medicamentos.

Quando o bloqueio lombar é indicado

De acordo com o ortopedista Mario Zambon, o bloqueio lombar é recomendado para pacientes com dores crônicas, ou seja, aquelas que persistem por mais de três meses e deixam de ser um mecanismo de defesa para se tornarem uma doença crônica, como hipertensão ou diabetes.

O procedimento também é indicado para:

  • Pacientes que já passaram por cirurgias na coluna, como laminectomia, e apresentam dores decorrentes de fibrose e compressão nervosa.
  • Pessoas que têm dificuldade em tomar analgésicos ou anti-inflamatórios devido a condições como gastrite ou úlcera.

Como funciona o procedimento

O bloqueio lombar é realizado com a ajuda de imagens de radioscopia ou ultrassom para localizar o nervo responsável pela dor. Segundo Zambon, a técnica começa com um bloqueio teste usando anestesia.

“Se o paciente apresentar melhora superior a 70%, é realizada a denervação através de radiofrequência. Uma agulha gera estímulos térmicos ou pulsados, bloqueando o nervo localizado na raiz dorsal da coluna”, explica o médico.

Recuperação e benefícios

O bloqueio lombar é considerado seguro quando realizado em centros cirúrgicos e proporciona alívio da dor por até 12 meses. Esse período sem dor permite que o paciente faça reabilitação com fisioterapia de forma eficaz.

Em muitos casos, mesmo após a recuperação do nervo, a dor não retorna. O procedimento só é repetido se houver nova manifestação de dor. Além disso, não exige internação ou repouso, e a recuperação é imediata.

“Com o alívio da dor, o paciente pode retomar as atividades do dia a dia e focar na reabilitação, garantindo maior qualidade de vida”, conclui Zambon.

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