O presidente Lula criticou, nesta quinta-feira (6), as medidas e declarações do novo presidente norte-americano, Donald Trump, que assumiu o governo dos Estados Unidos no último dia 20 de janeiro. Em entrevista à Rádio Metropole, Lula disse respeitar a eleição de Trump como governante dos Estados Unidos, mas reforçou que ele não foi eleito “para mandar no mundo”.
“Os Estados Unidos, a vida inteira, passaram a ideia para a humanidade que eram o símbolo da democracia. Passaram a ideia de que eram o xerife do mundo. E, de repente, elege um presidente da República que faz questão de todo dia dizer uma anomalia”, disse o presidente, citando as declarações me que Trump afirmou que ocuparia o canal do Panamá, a Groelândia, que anexaria o Canadá e iria retirar o povo palestino de Gaza.
Sobre a Palestina, em especial, Lula defendeu a criação de um Estado e voltou chamar a guerra em Gaza de genocídio. Ele ainda classificou declarações e provocações como as que foram presidente norte-americano como “anomalias’.
“Tenta normalizar essas coisas e dizer, ‘olha, vamos tirar os palestinos, vamos ocupar aquilo e fazer um lugar bonito’… eu sinceramente acho que essa anomalia que nós estamos vendo, seja nos países da América do Sul, na Europa, nos Estados Unidos, não pode continuar. É preciso voltar o bom senso, a maturidade, a responsabilidade. Você não pode governar fazendo provocação para todo mundo, todo o tempo”, disse.
Ainda sobre Donald Trump, Lula cobrou o respeito à soberania dos países e as decisões do povo de cada país. “Eu respeito a eleição do presidente Trump. Ele foi eleito democraticamente pelo povo americano, portanto tem todo o meu respeito, para governar os Estados Unidos, manter relações democráticas e civilizadas com o resto do mundo. Ele não foi eleito pra mandar no mundo”, disso.
“É essa relação que eu espero que a gente tenha, que mais que a gente construa. Porque é isso que faz valer apenas a gente governar um país”, complementou.