Bahia registra queda de 51% nas emissões de porte de arma de fogo em 2024

Estado segue na contramão do país, que apresentou crescimento no mesmo período

Foto: Reprodução / EBC

A Bahia emitiu 297 autorizações de porte de arma de fogo em 2024, registrando uma queda de 51,15% em relação a 2021, quando foram expedidas 608 permissões. Os dados são do Sistema Nacional de Armas (Sinarm). O estado seguiu uma tendência oposta ao cenário nacional, que registrou um crescimento de 26,5%, totalizando mais de 16 mil emissões no mesmo período.

Das 297 emissões na Bahia em 2024, 31 foram justificadas por “defesa pessoal” e 266 por “uso funcional”. A maioria dos solicitantes foi do sexo masculino (264), enquanto as mulheres representaram apenas 11,11% dos pedidos.

Outro dado relevante é a ausência de especificações sobre o tipo e calibre das armas em 89,56% das emissões. Apenas 31 registros detalhavam pistolas e revólveres de calibres variados.

Em 2021, a situação era inversa: 537 das 608 emissões foram para defesa pessoal, enquanto 71 para uso funcional. A participação masculina também foi predominante, com 551 registros, contra 57 solicitações feitas por mulheres. Assim como em 2024, grande parte dos registros não especificava a espécie e o calibre das armas.

A quantidade de requerimentos envolvendo armas de fogo na Bahia caiu 74,88% entre 2021 e 2024, passando de 12.013 para 3.017. Além disso, houve redução nos registros de armas de fogo por pessoas físicas: em 2021, eram 5.542 registros ativos, principalmente pistolas e revólveres (5.006), seguidos por espingardas (386) e rifles (142).

O estado também apresentou queda de 34% no número de furtos de armas de pessoas físicas, com 33 ocorrências em 2024, frente a 50 em 2023. Foram reportadas ainda 17 ocorrências de extravio ou perda de armamento.

Os dados divulgados foram obtidos pela organização Fiquem Sabendo, especializada em transparência pública, e ocorrem em um momento em que a Polícia Federal está assumindo a fiscalização das armas de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs), antes sob responsabilidade do Exército.

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