A Argentina anunciou nesta semana a descoberta de uma das maiores reservas minerais das últimas três décadas. A informação foi divulgada pelo consórcio Vicuña, formado pelas mineradoras BHP e Lundin Mining, que identificou grandes jazidas de cobre, ouro e prata na província de San Juan, na região da Cordilheira dos Andes.
Classificada como a maior descoberta do tipo nos últimos 30 anos, a reserva é vista pelo governo argentino como uma oportunidade estratégica para alavancar as exportações e estimular a entrada de divisas no país.
Segundo o jornal Clarín, os projetos Filo del Sol e Josemaría concentram cerca de 13 milhões de toneladas de cobre, além de 32 milhões de onças de ouro e 659 milhões de onças de prata. Os números colocam o país em posição de destaque no cenário global da mineração.
A expectativa é que a Argentina entre no ranking dos 10 maiores produtores de cobre do mundo na próxima década, com pico de extração previsto para 2028.
Para efeito de comparação, o Chile, líder na exportação do mineral, movimentou aproximadamente US$ 50 bilhões com o cobre em 2024, valor semelhante ao faturamento total da agroindústria argentina no mesmo período.
Com a nova descoberta, a mineração ganha força como um dos principais motores econômicos do país, que busca alternativas para superar a crise fiscal e melhorar sua balança comercial.