As ações da operadora de telefonia Oi despencaram após reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” afirmar que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estuda fazer uma intervenção na empresa e caçar a concessão que permite o oferecimento de telefonia fixa em todo o país. Segundo a publicação, o motivo das possíveis retaliações seria a piora da situação financeira da companhia.
Às 11:30 desta sexta-feira (16), a ação da Oi caía 17,65% e era negociada a 0,98 real. Por volta desse horário, a Anatel divulgou uma nota em que nega “a possibilidade iminente de decretação de intervenção ou de aplicação de caducidade às concessões” da Oi. Em seguida, o movimento de queda foi atenuado e, às 12:08, os papeis da companhia recuavam 10,92%, a 1,06 real.
A empresa, que desde 2017 executa o plano de ação judicial, possuía dívida de 65 bilhões de reais com credores. Em julho deste ano, a Oi anunciou um plano de desinvestimento, com o intuito de levantar até 7,5 bilhões de reais. Estavam no radar as vendas da operadora angolana Unitel e de torres de telefonia.
Como parte do acordo de reestruturação da empresa, em janeiro, acionistas da Oi chegaram a fazer aportes de 4 bilhões reais. Porém, até junho, a Oi sacou 3,2 bilhões de reais para custear operações correntes. De acordo com o jornal, “se seguir nesse ritmo e não houver novos aportes, a empresa se inviabilizaria até o ano que vem”. Nesta quinta-feira (15), as ações da Oi tiveram queda de 17,93%. Em 2013, os papéis da companhia chegaram a ser negociados por mais de 88 reais. (Exame)