Ação judicial alvo da coligação “Por Amor a Santo Amaro”

Acusações de abuso de poder político e uso indevido de recursos públicos em Santo Amaro

Ricardo Machado (PT) com a esposa e atual prefeita de Santo Amaro, Alessandra Gomes (PSD) - Foto: Reprodução

Uma ação foi movida contra a coligação “Por Amor a Santo Amaro” por suposta utilização inadequada de bens e serviços públicos, vinculados ao Executivo Municipal e ao Governo Federal. O processo envolve membros do grupo político liderado pelo ex-prefeito Ricardo Machado (PT) e sua esposa, a atual prefeita Alessandra Gomes (PSD), que finalizará seu segundo mandato ao final do ano.

Ricardo Machado é acusado de ter invadido uma escola pública no dia 15 deste mês para promover campanha eleitoral em favor do candidato José Leonardo Pimentel Júnior, conhecido como Leozinho (PT), também mencionado na investigação. A ação foi proposta pela coligação “Santo Amaro União e Reconstrução”, que inclui partidos como União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, Democracia Cristã (DC), PRD, PMB e PMN. A denúncia aponta que Machado teria realizado reuniões com servidores da Prefeitura, que estariam sendo pressionados a apoiar os candidatos da administração atual.

O documento afirma que os investigados estão utilizando recursos públicos de maneira explícita para favorecer suas campanhas, configurando um abuso do poder político e uma associação indevida entre suas candidaturas e a administração pública. “Os investigados estão usando bens e serviços públicos com o intuito de obter êxito na campanha eleitoral, fazendo com que a candidatura e a Administração Pública sejam vistas como uma só”, destaca o texto.

A ação ainda pede a proibição de reuniões políticas com servidores durante o expediente, além de impedir o uso da estrutura pública para promover as candidaturas. Solicita também a remoção imediata de materiais de divulgação relacionados a obras públicas que vinculem os nomes e números dos candidatos investigados. Caso a ordem judicial não seja cumprida, foi estipulada uma multa diária de R$ 10 mil, podendo resultar na cassação dos registros dos candidatos e na decretação de inelegibilidade dos envolvidos.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Santo Amaro, mas aguarda resposta sobre os questionamentos levantados.

google news