Mas o que é carne orgânica? Assim como os itens mais conhecidos, a carne orgânica é aquela proveniente de um animal alimentado exclusivamente (ou em sua maioria) com grama e que, em hipótese alguma, ingerem antibióticos, transgênicos, produtos químicos e/ou artificiais.
Além disso, são animais criados livres no pasto, sem restrição de luz solar (o que acontece em produções de gado em massa) e, principalmente, sem sofrimento.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil figura no ranking dos cinco países que mais consomem carne bovina. Os dados de 2017 mostram que o brasileiro consome, em média, 35,8 kg de carne por ano.
Além disso, em pesquisa realizada também em 2017 pelo Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável, 19% dos brasileiros afirmaram consumir produtos orgânicos. O percentual é ainda maior (35%) quando se trata das pessoas que consumiram itens orgânicos, pelo menos, seis meses antes da pesquisa. No mais, 67% deles são favoráveis a começar uma dieta com mais produtos orgânicos.
Sendo assim, em um movimento natural de consumo, o interesse por alimentos orgânicos ultrapassou a barreira dos legumes, vegetais e frutas e chegou, também, na carne.
Mas o que é carne orgânica?
Assim como os itens mais conhecidos, a carne orgânica é aquela proveniente de um animal alimentado exclusivamente (ou em sua maioria) com grama e que, em hipótese alguma, ingerem antibióticos, transgênicos, produtos químicos e/ou artificiais. Além disso, são animais criados livres no pasto, sem restrição de luz solar (o que acontece em produções de gado em massa) e, principalmente, sem sofrimento.
Em uma fazenda de pequena produção, além dos animais não serem expostos a situações degradantes e nem ingerirem rações cheias de hormônios, a tendência é que a grama ingerida também seja livre de pesticidas, agrotóxicos, drogas veterinárias e fertilizantes químicos.
Dessa forma, o consumidor deixa de se expor a vários riscos inerentes à produção de carne em massa, como, por exemplo, carnes cancerígenas ou que comportem vírus e bactérias autoimunes ou transmissores de doenças cardiovasculares e inflamações.
A carne orgânica, devido às condições de vida do animal, concentra um potencial muito maior de ácidos graxos ômega 6 e ômega 3.
Em relação ao ômega 3, uma pesquisa realizada pela Universidade Newcastle, no Reino Unido, comprovou que a carne orgânica contém, em média, 50% do óleo. Uma vez que o ômega 3 é um ótimo aliado no controle do colesterol, nas ações anti-inflamatórias e na otimização do sistema imunológico e das funções cognitivas, o consumidor que ingere a carne orgânica ao invés da produzida em massa está, consequentemente, ingerindo mais nutrientes.
Por fim, além de ser muito mais vantajosa para a saúde, a carne orgânica também é importante para as economias familiares e para o meio ambiente.
Alimentos produzidos dessa forma estão, geralmente, dentro do setor de pecuária familiar. Ou seja, são alimentos produzidos por pequenos fazendeiros que, na maioria dos casos, não exportam seus produtos, aquecendo o consumo interno no país.
E quando se fala dos benefícios ao meio ambiente, a carne orgânica é produzida em fazendas que, necessariamente, precisam seguir normas da legislação ambiental, garantindo a preservação de áreas naturais. Essas normas também proíbem que se utilize fogo no tratamento do pasto e agrotóxicos, para que o solo e os rios não sejam contaminados.
Portanto, o consumo da carne orgânica traz diversos benefícios para todos os envolvidos na cadeia de produção e influencia positiva e diretamente a vida do consumidor final.
(iBahia)