No segundo ano de pandemia, a rotina ao lado das crianças pode ser que esteja ainda mais estressante — tanto para os pequenos quanto para os pais — já que permanecer dentro de casa muitas horas por dia é cansativo. Em meio a rotina, um novo brinquedo tornou-se “febre” entre os mais novos, o Fidget Toy que, se você convive com alguma criança, provavelmente já deve ter ouvido falar.
Essa categoria ganhou mais notoriedade com o Bubble Fidget Toy, peças feitas de silicone e que imitam um plástico bolha, por exemplo. Os brinquedinhos parecem inocentes, mas há uma série de benefícios para as crianças (e para os adultos também). Segundo Bianca Liberati, psicóloga e terapeuta integrativa, o Bubble pode auxiliar em crises de ansiedade, crises de estresse e ajudar em sintomas de doenças somatizadas.
“O ‘boom’ aconteceu justamente por estarmos vivendo em uma situação onde as crianças não têm tanto acesso às brincadeiras e às formas de gastar energias”, relata Bianca. Na pandemia o Fidget Toys apareceu em alta até no Google Trends de consumo, ferramenta do site de pesquisa que monitora comportamentos do varejo. Sinal de que muitas pessoas buscam uma forma rápida, prática e leve de tentar se desligar dos estresses diários.
Atualmente, as crianças têm poucas opções dentro de casa que não sejam videogames e computadores. Então, brinquedos lúdicos como esses acabam auxiliando na redução de danos”, explica Bianca Liberati.
Fora o alívio de crises psicológicas, pelo fato de apresentar cores e texturas, o Bubble Fidget Toy ainda pode ajudar no desenvolvimento cognitivo, sensorial e motor das crianças. “Ele ajuda no movimento fino e motor, porque o estímulo de cores pode ser um bom aliado à cognição e à identificação do sistema neurológico”, reforça Bianca. A psicóloga ainda diz que a peça pode ser uma forma de interação entre os pais e as crianças.
Para Bárbara Snizek, psicóloga formada pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), especialista em saúde mental, psicopatologia e psicanalista pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e mestre em Antropologia Social pela UFPR, diferente dos brinquedos normais, os Fidget Toys apostam na repetição, que também auxiliam na coordenação motora fina. “As peças de bolhas, por exemplo, podem ajudar na rapidez da criança, mas também podem ser excelentes parceiros nas contas de matemática”.
Para Bárbara Snizek, psicóloga formada pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), especialista em saúde mental, psicopatologia e psicanalista pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e mestre em Antropologia Social pela UFPR, diferente dos brinquedos normais, os Fidget Toys apostam na repetição, que também auxiliam na coordenação motora fina. “As peças de bolhas, por exemplo, podem ajudar na rapidez da criança, mas também podem ser excelentes parceiros nas contas de matemática”.
Snizek ainda reforça que a repetição, ao contrário do que muitos pensam, é uma forma de reduzir o estresse, trazendo alívio e satisfação. “Os comportamentos repetitivos têm sempre uma função de distração, de poder tirar as crianças de uma situação estressante, onde as crianças estão nervosas ou muito agitadas”.
Tipos de Fidget Toys
Embora o Bubble tenha ganhado muitos adeptos agora, outros Fidget Toys já apareceram em outras épocas. O cubo mágico é um bom exemplo, assim como spinner — o objeto que conta com três prolongamentos de plástico, podia ser pressionado e, dessa forma, girava e entretinha as pessoas.
O spinner nasceu nos Estados Unidos há cerca de 25 anos, quando uma mãe desenhou o objeto para a filha de sete anos que sofria com problemas neurológicos. O brinquedo tornou-se popular no Brasil em 2017 e ficou comprovado por profissionais que poderia auxiliar em questões psicológicas.
Hoje em dia, os Bubbles aparecem em diferentes formatos no mercado. É possível adquiri-los em quadrado, octógono, redondo e até outros bichos, como polvo, unicórnio, gato, caranguejo, polvo e urso. Fora a lista de benefícios, os brinquedos também são reutilizáveis e podem ser lavados e higienizados sempre que necessário. (Uol)