A Americanas afirmou, nesta quarta-feira (2), que o rombo da empresa “corroboram evidências de fraude de gestão cometida pela antiga diretoria”. A declaração foi dada após as oitivas de ontem (1) na CPI que investiga o enorme prejuízo da empresa. O rombo pode chegar a até R$ 50 bilhões. O principal responsável, de acordo com a atual diretoria, é o ex-CEO Miguel Gutierrez. O empresário prestaria depoimento, ontem, mas sua defesa apresentou atestado médico, alegando uma crise renal.
O atual CEO da Americanas, Leonardo Pereira, disse em junho que houve intenção da administração da empresa de ocultar a real situação financeira, aumentando artificialmente o lucro. Cidadão espanhol, Gutierrez que estava na França até o último fim de semana, viajou para a Espanha na segunda-feira (31), para tratar da suposta crise renal. Interlocutores da atual diretoria dizem que o empresário nem deve voltar ao Brasil.
O ex-CEO fará um novo pedido à CPI para ser ouvido sob sigilo, sem espectadores ou transmissão da TV Câmara. Ele já havia conseguido um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal para se manter em silêncio durante o depoimento.
Veja na íntegra da nota divulgada pela Americanas:
“Diante das oitivas na CPI Comissão Parlamentar de Inquérito, nesta quarta-feira (1º), a Americanas entende que os depoimentos das auditorias corroboraram evidências de fraude de gestão cometida pela antiga diretoria da companhia.
“As informações prestadas na sessão desta terça demonstram que as auditorias não classificaram deficiências como significativas e que não encontraram distorções relevantes nos números auditados. A empresa reitera as informações e documentos apresentados à CPI em 13 de junho de 2023, com indícios de que ex-executivos fraudaram resultados financeiros e enviaram dados adulterados a bancos e auditorias.
“A Companhia reafirma que o relatório apresentado à CPI, preparado pelos advogados da Companhia, que inclui documentos recebidos do Comitê Independente de Investigação, é preliminar e foi entregue às autoridades competentes, que realizam suas próprias investigações.” (bahia.ba)