Americanas: ex-executiva que está na lista da Interpol vai se entregar

Anna Saicali deve voltar ao Brasil de Portugal domingo (30/6). Justiça determinou a volta da executiva, mas ela não ficará presa

A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali vai se entregar à Polícia Federal (PF) neste domingo (30/6), em Lisboa, Portugal. Há duas semanas, no dia 15 de junho, a executiva foi para Portugal e, dias depois, foi incluída na lista de foragidos internacionais da Interpol.

A vinda da ex-diretora atende decisão do juiz Marcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Ela será impedida de se ausentar do país, mas não será presa nem passará por audiência de custódia.

Anna Christina é um dos alvos da Operação Disclosure, que mira executivos da empresa. Ela é suspeita de fraudes financeiras. Os mandados de prisão expedidos pela Polícia Federal na quinta-feira (27/6) foram cumpridos apenas em endereços dela no Rio de Janeiro.

A defesa da executiva pediu à Justiça Federal a reconsideração da prisão preventiva na sexta-feira (28/6), afirmando que ela se compromete a retornar ao país e já tem passagens emitidas. Ela será acompanhada por autoridades portuguesas até o embarque de retorno ao Brasil, quando será recebida por autoridades brasileiras e deverá entregar seu passaporte.

O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, confirmou ao Metrópoles na sexta que se reuniu pessoalmente nos últimos dias com autoridades de Portugal para tratar da prisão da executiva.

As conversas entre os dois países são mantidas, segundo Andrei, com a Polícia Judiciária e com a Polícia de Segurança Pública portuguesas.

Miguel Gutierrez, ex-CEO da varejista, foi preso em Madri na sexta-feira.

Fraude na Americanas

O pedido de prisão dos dois executivos foi feito pela PF como parte das investigações sobre a eventual participação de ex-executivos da empresa na fraude de R$ 25,2 bilhões da Americanas.

De acordo com a PF, a cúpula da empresa não “media esforços para enganar o mercado financeiro” por meio de fraudes contábeis que escondiam os resultados negativos da varejista e garantiam lucros aos seus diretores.

Fonte: Metrópoles

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