O caso do homem preso sob acusação de estupro e com alegado vínculo com a Igreja Lagoinha de Guarulhos continua rendendo polêmica no meio evangélico. Agora, o pastor Anderson Silva cobrou do líder da igreja, pastor André Valadão, uma postura de acolhimento às vítimas.
Joilson da Silva de Freitas Santos foi preso na última quarta-feira, 07 de junho, por suspeita de estuprar adolescentes que frequentam a Lagoinha em Guarulhos. A Polícia afirma que ele era responsável por uma célula de crianças e adolescentes ao lado da esposa, e a direção da igreja nega.
André Valadão, presidente global da Lagoinha, publicou vídeo condenando o crime e afirmando que a igreja fará “o que for necessário até ver a justiça ali sendo feita”, e ponderou que Joilson não havia sido ordenado pastor na igreja e não ocupava essa função oficialmente.
Diante das divergências, e com o surgimento de fotos que mostram o acusado falando do púlpito da igreja em diferentes ocasiões, o pastor Anderson Silva cobrou uma postura de maior contribuição da Lagoinha: “Avisem às vítimas que podemos ajudar com advogados e psicólogos gratuitamente”, escreveu no Instagram, marcando o perfil Nossas Histórias Curam, uma entidade que se presta a oferecer ajuda a vítimas de abusos em ambientes religiosos.
Dirigindo-se ao pastor presidente da Lagoinha, Anderson Silva – que é pastor na Igreja Vivo por Ti, em Brasília (DF) – pediu uma postura diferente: “O foco não é proteger a instituição e negar fatos, é hora de pedir perdão às vítimas, ligar, visitar e amparar as vítimas e suas famílias! Faça o papel de um pastor Andre Valadão”.
Em seguida, Anderson Silva pediu que as pessoas próximas também cobrassem o responsável local da Lagoinha em Guarulhos, marcando o perfil do pastor Marco Túlio.
‘Confiança ferida’
Em resposta a uma cobrança semelhante, André Valadão gravou um vídeo afirmando que se sentia enganado: “Você nunca foi enganado? Você nunca foi trapaceado? Nunca feriram a sua confiança?”, questionou.
André Valadão afirmou ainda que “infelizmente, estamos todos sujeitos a isso”, e pontuou que concorda com a cobrança de “que a igreja tem que ser muito prudente em filtrar muito aqueles que se envolvem na vida da igreja”.
“Quem nunca foi enganado, ou sofreu alguma forma de traição, que atire a primeira pedra”, finalizou.
Gospel + / por Tiago Chagas