Aliado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador baiano Angelo Coronel (PSD) voltou a criticar, nesta quarta-feira (28), a gestão petista por aumentar impostos para prefeituras.
Nesta terça-feira (27), Lula assinou uma medida que revoga a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia intensivos em mão de obra. O presidente decidiu, porém, manter a alíquota de contribuição previdenciária de 20% das prefeituras, que tinha sido reduzida para 8% após aprovação de um projeto no Congresso Nacional.
Para Coronel, a medida do governo Lula de manter a cobrança em 20% foi “absurda”. “Hoje é um dia triste e sei que triste para a maioria dos prefeitos do Brasil. São mais de 4 mil prefeituras (no País). (…) Não é possível que tenha tantos segmentos desonerados e as prefeituras, que empregam gente e cuidam de gente, fique de fora da desoneração”, afirmou o senador baiano, em um vídeo publicado nas redes sociais.
No final do ano passado, durante um podcast, Coronel já havia atacado o governo Lula por querer cobrar impostos de jato e lancha. Disse ainda que não pertencia a “bancada do amém”. Na avaliação dele, o governo “mata” os empresários com altos tributos.
“Eu acho que a cobrança de impostos tem que ter para fazer a questão social e tudo. Agora, (não dá para) você matar o empresário. Agora, tão inventando em taxar IPVA para jato, IPVA para lancha. Será que nós temos buraco no mar? Será que nós temos buraco no ar? São coisas que comigo não combina. Não posso aceitar, mesmo estando do lado de um governo, mas não sou da bancada do amém. Nunca fui e nunca serei da bancada do amém”, ressaltou.
Coronel disse também que não se importa de perder votos por criticar o governo Lula. “Um dia a pessoa diz ‘ah, o PT não vai votar em você para a reeleição’, eu não estou preocupado com isso não. Minha missão, eu estou cumprindo, vou cumprir até o final do meu mandato. Se for para a reeleição, ótimo, se não for, estou nem aí. Estou em paz com a minha consciência. Agora para mim auto estuprar com essas matérias que quer matar o empresariado, matar o capital, aí não dá para Coronel”, salientou. (Correio)