Depois de três altas consecutivas, o volume de serviços no Brasil recuou 0,9% em agosto deste ano, na comparação com julho, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (17/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já na comparação anual, em relação a agosto do ano passado, os serviços avançaram 0,9%. Foi a 30ª taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.
Com o resultado de agosto, o setor está 11,6% acima do nível registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, e 1,9% abaixo de dezembro de 2022 (o ponto mais alto da série histórica).
No acumulado do ano, a alta dos serviços é de 4,1% em relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses até agosto, a variação é de 5,3%.
O resultado mensal veio pior do que as estimativas do mercado – a maioria dos analistas esperava uma alta de 0,4%. Na comparação anual, a expectativa era crescimento de 2,8%.
Também foi a queda mais intensa desde abril de 2023, quando o setor teve contração de 1,7%.
Em agosto, o volume de serviços no país avançou 0,5% na comparação mensal e 3,5% na base anual.
4 das 5 atividades tiveram queda
O setor de serviços registrou queda em quatro das cinco atividades pesquisadas em agosto, com destaque para os transportes (-2,1%).
Em direção contrária, os serviços profissionais, administrativos e complementares (+1,7%) foram os responsáveis pela única alta do mês
Recuo em 19 das 27 unidades da Federação em agosto
De acordo com o levantamento do IBGE, houve queda no volume de serviços em 19 das 27 unidades da Federação, na comparação com o mês anterior.
Os recuos mais importantes foram de São Paulo (-1,2%), Minas Gerais (-1,8%) e Bahia (-2,8%).
Entre os resultados positivos do mês, destaque para Mato Grosso do Sul (+7,5%), Paraná (+0,4%) e Rio de Janeiro (+0,2%).
Turismo em queda
Segundo o IBGE, o índice de atividades turísticas registrou variação negativa de 1,5% em agosto, na comparação com julho. Ainda assim, o segmento se encontra 4,3% acima do patamar de fevereiro de 2020 (antes do início da pandemia de Covid-19) e 3,1% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
O IBGE mostra ainda que sete dos 12 locais pesquisados acompanharam esse movimento de queda. As influências negativas mais relevantes foram de São Paulo (-4,4%), Bahia (-6,1%), Pernambuco (-8,1%), Rio de Janeiro (-1,8%) e Rio Grande do Sul (-4,1%).
As maiores altas foram de Paraná (+2,6%), Goiás (+1,8%) e Santa Catarina (+1,1%).
(Metrópole)